Programa da Globo omite acusação de propina a Teixeira; apresentador se defende

O apresentador do Redação Sportv, André Rizek, foi bastante cobrado pelos telespectadores nesta quarta-feira. O motivo: o programa comandado por ele sequer mencionou matéria da BBC acusando que Ricardo Teixeira e João Havelange receberam propina da ISL e foram forçados pela Justiça a devolver o dinheiro.

Pelo Twitter, Rizek recebeu várias críticas e foi acusado de omitir o tema. "Quando for relevante e tiver grande repercussão na mídia, o fato sempre estará no Redação. Não faço campanhas, faço jornalismo", defendeu-se.

O Redação Sportv faz parte da programação do canal a cabo da Rede Globo e comenta diversos assuntos esportivos publicados pelos principais jornais. Na última terça-feira, Folha de S.Paulo, O Estado de S. Paulo, Lance! e Marca Brasil, por exemplo, trataram do tema.

"Não menosprezo quem aposta neste assunto, não. Respeito. Mas desqualificar quem optou por outros destaques em sua pauta é ridículo", tentou explicar o apresentador. "Amigo, sinto frustá-lo… Mas a BBC infelizmente está noticiando algo que ocorreu em julho de 2010".

Seus seguidores, contudo, não se contentaram com a justificativa. Ale_Pedreira xandre, por exemplo, rebateu. "O que a BBC trouxe no Panorama foram os nomes de R.T [Ricardo Teixeira] e J.H. [João Havelange] (partes interessadas pra nós brasileiros) ou seja, o 'fato novo'".

"Foi divulgado [sic] pela BBC os nomes dos envolvidos e isso não havia sido divulgado, deveriam falar sim!!", acrescentou Gustavo gugacamisa10. "A ESPN está certa mesmo, se depender de vocês da Sportv e da Globo, nem saberíamos que houve essa denúncia, isso é jornalismo ??", completou Nene Ribeiro.

Outro internauta ainda destacou uma coincidência. Às terças-feiras, o Redação Sportv costuma contar com a participação de Tim Vickery, da BBC. "Com o Tim BBC no redação e o silêncio sobre a reportagem inglesa é normal a desconfiança", postou Leonardo Guimarães.

Segunda matéria da BBC, Ricardo Teixeira e João Havelange foram dois dirigentes ligados à Fifa que receberam propina da falida ISL, empresa que negociava os direitos de transmissão da Copa do Mundo. A reportagem afirma ainda que ambos fizeram um acordo na Justiça suíça e precisaram devolver o dinheiro, e que a Fifa tentou impedir a veiculação da reportagem.

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