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Galvão detona "paitrocínio" de companheiro de Massa para chegar à Fórmula 1

UOL Esporte

26/03/2017 04h38

(Crédito: reprodução/TV Globo)

Durante a transmissão da Rede Globo do Grande Prêmio da Austrália de Fórmula 1 na madrugada brasileira deste domingo (26), de vitória ao final do alemão Sebastian Vettel, o narrador Galvão Bueno criticou fortemente a maneira como o jovem piloto canadense Lance Stroll, companheiro do brasileiro Felipe Massa na Williams, conseguiu um lugar para correr pela equipe inglesa.

"O Stroll pelo jeito não vai chegar nem perto do trevo de Adelaide, o carro vai sendo recolhido por ali. É claro que é brincadeira, a gente torce para que ele acerte, mas eu sou absolutamente contra chegar um rapaz com um caminhão de dinheiro, botar um caminhão de dinheiro numa equipe e ter um carro da importância e do nome de uma equipe Williams", afirmou o locutor, logo após Stroll abandonar antes do fim a primeira prova da temporada.

"Um carro da vida de Frank Williams, de títulos espetaculares, inclusive com o nosso Nelson Piquet, com uma história tão grande com os brasileiros. Infelizmente, foi o carro do acidente fatal de Ayrton Senna, mas por lá passando Rubens Barrichello, Felipe Massa, que ainda está lá, e tantos outros importantes fizeram a história de uma equipe maravilhosa, que conquistou títulos, bateu recordes. Me incomoda essa história de chegar um garoto de 18 anos despejar um caminhão de dinheiro e ter um carro para ele correr", acrescentou.

Galvão se referia ao fato do novato canadense de 18 anos, ter chegado à equipe de Massa graças à ajuda financeiro do pai, o bilionário do ramo da moda, Lawrence Stroll.

"Ele venceu o campeonato de Fórmula 3 Europeu, campeonato importante, mas seria bem vindo à Fórmula 1 em uma equipe menor, eu concordo, e não logo para entrar numa equipe de ponta", concordou com o narrador global o comentarista Luciano Burti.

"O (Esteban) Ocon (piloto francês da equipe Force India) tem uma história, vamos dizer assim, oposta a do Stroll", observou a repórter Mariana Becker na transmissão. "A família vendeu a casa, morava num trailer para que ele pudesse entrar no automobilismo e foi para a Fórmula 1 quando já estava se alistando, fazendo teste para trabalhar numa lancheria, num lugar que vende lanches", contou.

"O grande Nigel Mansell disse quando sofreu um acidente que para poder sonhar em continuar no automobilismo, além do grande amor que sempre teve, tinha uma grande admiração pela mulher, que vendeu todos os seus pertences, os seus bens para juntar dinheiro para que ele pudesse continuar no automobilismo, para que lá na frente fosse o 'Leão' (apelido), ser campeão do mundo. Essa diferença que eu digo de se chegar muito novo com um caminhão, um avião de dinheiro e se comprar o lugar numa equipe de tanta tradição", finalizou Galvão.

O desabafo de Galvão, que chegou a dizer que Stroll tinha muito que aprender com o brasileiro Felipe Massa, foi assunto no Twitter:

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