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Hoje a TV est\u00e1 recheada de rostos femininos. Mas, h\u00e1 n\u00e3o muito tempo, o cen\u00e1rio era bem diferente. As poucas garotas que conseguiam se meter na \u00e1rea tinham de desbravar o terreno, ter personalidade marcante para conquistar seu espa\u00e7o e abrir caminho para outras mulheres. Mylena Ciribelli foi uma das pioneiras, iniciando sua trajet\u00f3ria no r\u00e1dio – tamb\u00e9m predominantemente masculino – e emplacando na Globo. E, mesmo com 18 anos de emissora, ela n\u00e3o desistiu dos sonhos. Foi por isso que, a partir de 2009, ela virou a cara do esporte da Record.

O motivo para a mudan\u00e7a foi uma frustra\u00e7\u00e3o que a incomodava, um sonho n\u00e3o realizado em tanto tempo no canal carioca. Ainda lhe faltava carimbar o passaporte de uma cobertura de Olimp\u00edada, in loco. F\u00e3 de esportes ol\u00edmpicos, ela viu a Record tomar os direitos de transmiss\u00e3o de Londres-2012 da concorrente. E um convite da emissora paulista pavimentou um caminho que pareceu ser o mais claro a seguir – e no que ela se mant\u00e9m at\u00e9 hoje.

Em entrevista ao blog, Mylena retomou a \u00e9poca dessa decis\u00e3o, falou de seu atual momento – ela comanda o Esporte Fant\u00e1stico, al\u00e9m de participar de outras transmiss\u00f5es do canal, como o Pan do Canad\u00e1, exclusividade do canal – e relembrou como uma baixinha que n\u00e3o deu certo no v\u00f4lei virou locutora apresentando rock no r\u00e1dio e mais tarde retomou a paix\u00e3o por esportes.

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A GAFE – Estar ao vivo na TV \u00e9 dar sopa para o azar. N\u00e3o h\u00e1 quem escape de um mico aqui, ou uma gafe acol\u00e1. Mylena teve a sua na Record, durante a transmiss\u00e3o ol\u00edmpica, em 2012. Por problemas no retorno, que geraram dificuldades de comunica\u00e7\u00e3o entre ela e a produ\u00e7\u00e3o, um desabafo foi parar no ar. “Fala aqui na p… do retorno'', foi poss\u00edvel ouvir. Sobre o caso, ela leva na boa: \u201cEu n\u00e3o estava no ar, ent\u00e3o foi um t\u00e9cnico que esqueceu de tirar o microfone. Era uma reclama\u00e7\u00e3o interna, n\u00e3o tinha retorno, n\u00e3o sabia o que estava acontecendo. Mas, quando acabou, normal\u201d, garante ela. \u201cVoc\u00ea est\u00e1 num evento ao vivo, fora do seu pa\u00eds, com delay no ouvido… E est\u00e1vamos come\u00e7ando, um dos primeiros dias de transmiss\u00e3o. A\u00ed eu reclamei… Mas achei legal que depois meus f\u00e3s mandavam mensagens: 'poxa, o Faust\u00e3o ganha um monte pra falar isso o dia inteiro, e a Mylena fala um e todo mundo sacrifica'. Foi s\u00f3 uma express\u00e3o do momento, e n\u00e3o estava xingando ningu\u00e9m, ent\u00e3o n\u00e3o fiquei traumatizada (risos).\u201d

Da garota nova, mas com estilo pr\u00f3prio, que chegou \u00e0 Globo e virou refer\u00eancia ao lado de L\u00e9o Batista e Fernando Vanucci, a apresentadora passou por quase tudo no canal. Mas foi com sua sa\u00edda que experimentou mais liberdade e enfim realizou o que tanto queria.

\u201cEu adoro a Globo, muita gente ainda me chama da rua e fala que n\u00e3o tem me visto na TV. Assim como outros vem falar que me assistem na Record. Foram 18 anos, uma marca, uma vida toda profissional. E eu agrade\u00e7o muito; al\u00e9m de ter aprendido, fiz bons amigos, convivi com grandes profissionais. Isso \u00e9 muito edificante. Mas, quando a Record me chamou, me chamou para realizar meu sonho: participar de uma Ol\u00edmpiada\u201d, conta ela, que fez pela Globo a Copa de 1998, na Fran\u00e7a, mas n\u00e3o viajou para Jogos Ol\u00edmpicos.

Mylena ri ao contar que h\u00e1 quem tenha \u201ccerteza\u201d de que ela foi \u00e0s Olimp\u00edadas pela Globo. \u201cMuita gente jura que me viu (nos Jogos). Mas, na verdade, me viram em um est\u00fadio lindo, achando que eu estava em Pequim. Eu queria muito viajar. \u00c9 como o sonho de um atleta. Pensei: \u2018n\u00e3o vou ficar mais esperando\u2019, porque a Record j\u00e1 tinha comprado os direitos (para Londres-2012) e a seguinte, ningu\u00e9m sabia de quem seria. Eu falei: \u2018eu quero, ent\u00e3o vou atr\u00e1s do meu sonho\u2019. Foi por isso que sa\u00ed\u201d.

A apresentadora admite que o sentimento antes da mudan\u00e7a era de frustra\u00e7\u00e3o. \u201cTinha uma tristeza. Mas, claro que eu entendia que participava de um trabalho de equipe, apesar de quere a experi\u00eancia in loco\u201d. J\u00e1 na Record, ela viajou \u00e0 Copa de 2010 para fazer mat\u00e9rias exclusivas, mesmo que a emissora n\u00e3o tivesse os direitos de transmiss\u00e3o. Tamb\u00e9m foi aos Jogos de Inverno, e, enfim, a Londres para a t\u00e3o sonhada Olimp\u00edada.

A liberdade na Record tamb\u00e9m \u00e9 em torno de uma linguagem menos formal e de participar de mat\u00e9rias onde ela pode por seu \u201cmolho\u201d. O lado mais irreverente sempre foi uma marca de Mylena, desde o r\u00e1dio, mas foi um pouco limitado na Globo, que era mais quadrada em seus tempos de Globo Esporte e permitia mais experimenta\u00e7\u00f5es no Esporte Espetacular.

\u201cNa Globo logo comecei a trabalhar com o Vannucci e com o L\u00e9o, e eles sempre me ajudaram bastante. Eu cheguei para levar meu jeito descontra\u00eddo, foi o que chamou a aten\u00e7\u00e3o da Globo. Vivemos de tudo, tem hist\u00f3rias engra\u00e7adas, outras tristes. Lembro de uma vez levarmos um cachorro para o Esporte Espetacular, no est\u00fadio, e ele me morder e eu ter de continuar l\u00e1, rindo. O esporte tem mais momentos alegres, s\u00e3o not\u00edcias mais agrad\u00e1veis\u201d, recorda.

\u201cO Globo Esporte, por ter que mandar as not\u00edcias mais quentes, tinha necessidade de uma velocidade maior. Sempre foi mais \u00e1gil, demorou a ter apresentadores levantantados. J\u00e1 o Esporte Espetacular era diferente. Eu era vanguarda, at\u00e9 demais. E na \u00e9poca as pessoas n\u00e3o estavam preparadas totalmente para mudan\u00e7as, ent\u00e3o pediam para segurar um pouco, n\u00e3o exagerar nas brincadeiras. Eu j\u00e1 tinha vontade, criatividade, mas ainda n\u00e3o tinha o espa\u00e7o, n\u00e3o era o tempo, o momento. Mas muita gente fala que j\u00e1 faz\u00edamos o que se v\u00ea hoje\u201d, explicou ela, em compara\u00e7\u00e3o com o jornalismo mais ousado iniciado por Tiago Leifert na Globo.

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Pai esportista e filha rock and roll

Ser mulher tamb\u00e9m foi um desafio para Mylena. \u00c0 \u00e9poca, s\u00f3 Isabela Scalabrini trabalhava com esporte e, pouco depois, foi para Belo Horizonte deixando a editoria. Hoje, Fernanda Gentil, Renata Fan, Paloma Tocci e outras tomam espa\u00e7os que j\u00e1 foram masculinos. Mas, bem antes disso, esse assunto j\u00e1 era uma quest\u00e3o, quando ela entrou para o r\u00e1dio, na parte musical.

O esporte sempre esteve na vida de Mylena, por conta do seu pai. Em Niter\u00f3i, ele era atleta, fazendo corridas, e abriu um clube, aproveitando a pista de atletismo do est\u00e1dio Caio Martins para dar aulas. De bicicleta, o professor carregava dardos, pesos e, depois de trabalhar como banc\u00e1rio, comandava as aulas de atletismo por l\u00e1. A m\u00e3e de Mylena conta que ele at\u00e9 checou a canela dos filhos para ver se eram finas e renderiam bons corredores.

A garota acabou gostando mais de dan\u00e7a, bal\u00e9, mas sempre esteve ao lado do pai para jogar basquete, futebol e, principalmente, v\u00f4lei, seu favorito. Com apenas 1,64 m de altura e numa \u00e9poca em que n\u00e3o existia l\u00edbero, suas chances eram nulas. Ent\u00e3o, o caminho do r\u00e1dio caiu em seu colo.

Andando na rua, em Niter\u00f3i, um amigo locutor comentou de um est\u00e1gio em uma r\u00e1dio local. Interessada, ela foi se candidatar, mas acabou sendo contratada em outro cargo, diretamente para fazer locu\u00e7\u00e3o. Tudo por que tinha uma boa voz, sabia falar ingl\u00eas e pronunciava corretamente os nomes de bandas, como Led Zeppelin e Deep Purple. Aprovada de cara, come\u00e7ou ap\u00f3s um treino r\u00e1pido, de uma semana e, apesar da inexperi\u00eancia, n\u00e3o parou mais. Foi l\u00e1 que criou seu estilo, come\u00e7ou a aprender sobre jornalismo e pavimentou sua carreira.

\u201cSempre fui pioneira, comecei quando existia s\u00f3 locu\u00e7\u00e3o masculina no r\u00e1dio, e as mulheres n\u00e3o entendiam de rock and roll. Homens ligavam e ficavam impressionados. Vim inovando desde l\u00e1, com linguajar da garotada. Ent\u00e3o, quando comecei na TV, sabia como era entrar num reduto masculino, mas agora falando de esporte. A maioria gosta da voz feminina, de ouvir locu\u00e7\u00e3o feminina\u201d, explica ela.

Do r\u00e1dio, Mylena foi para a TV, na Manchete, entrevistando bandas e artistas gringos, como The Cure e Tony Bennet. Deste \u00faltimo, se surpreendeu enquanto esperava por uma entrevista. \u201cNosso diretor estava cuidando da luz. E o Tony l\u00e1, numa paci\u00eancia, esperando. De repente, ele sentou no piano e come\u00e7ou a desenhar. E olhava para mim, sorria… Daqui a pouco ele me d\u00e1 um desenho, um retrato meu. Fiquei: \u2018Meu Deus, tenho um retrato do Tony Bennet\u2019. At\u00e9 hoje est\u00e1 na minha estante\u201d, relata a apresentadora.

Foi na pr\u00f3pria Manchete que ela fez a transi\u00e7\u00e3o de volta para o esporte. \u201cEu adorei, j\u00e1 gostava. Eram minhas duas paix\u00f5es, esporte e m\u00fasica. E eu queria um trabalho mais constante, que ganhasse um sal\u00e1rio melhor. Ent\u00e3o comecei na Manchete Esportiva e fazia o Grid de Largada, com os boletins de F\u00f3rmula 1, at\u00e9 que a Globo me chamou para o Esporte Espetacular e depois entrei no Globo Esporte.\u201d

Como em tudo em que ela teve de se arriscar, at\u00e9 entrar na forte Globo teve narizes torcidos. \u201cQuando a Globo chamou foi: \u2018Meu Deus! A Globo me chamando. Claro que umas pessoas tentaram me demover da ideia. Dizendo que era Globo, muita gente. Mas eu queria ir, ver como ia ser, ter a experi\u00eancia. E acabei ficando 18 anos\u201d, completa ela, agora com seis anos de Record e j\u00e1 \u00e0s v\u00e9speras de realizar seu segundo sonho ol\u00edmpico.

Maur\u00edcio Deh\u00f2
Do UOL, em S\u00e3o Paulo

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