Fernanda Gentil reflete sobre tragédia em Suzano: “Falta amar, sobra arma"
Fernanda Gentil usou as redes sociais neste sábado (16) para falar sobre o tiroteio em Suzano, ocorrido na última quarta-feira (13). Mãe, a jornalista levantou reflexões sobre questões que percorrem a tragédia, que deixou oito mortos.
"Não há o que escrever diante de um episódio tão doloroso, sofrido e inexplicável. Aliás enquanto eu não escrevia sobre Suzano, lia muitas verdades sobre falta de amor, educação, cuidado, olho no olho e diálogo. Também sobre excesso de jogos e armas. Concordo com tudo. Falta amar, sobra arma. Arma. Amar. Letras iguais. Efeitos opostos. A saga por explicação mostra que não entendemos o motivo. E se não entendemos, é porque não fazemos. Mas não fazemos o que? Abrir fogo em uma escola? De fato, não. Mas entendemos que não começou no aperto do gatilho? Também não", escreveu Gentil.
Na sequência, a jornalista pediu para que os pais prestem atenção em seus filhos, sejam presentes e que trilhem o 'difícil caminho da educação'.
"Li que quando uma mãe perde um filho, todas as outras mães perdem um pouco também. Concordo de novo. Mas não só isso: perde quem é mãe, pai, ou ser humano. Mais do que nunca a solidariedade e a perplexidade das pessoas têm mostrado que o que a gente acha que nunca vai acontecer com a gente, está acontecendo com gente como a gente. Entendemos – entendemos, né? – que agora que está feito (mais um) estrago, é nosso dever não deixar que isso se repita em outro lugar…. inclusive na nossa casa. VAMOS PARAR!!! Olhar para os nossos filhos! Perguntar o que houve! O motivo do mau humor, a razão da gargalhada. Fazer o dever junto. Vamos levar e buscar. Estar acordado quando chegarem em casa. Querer saber quem é aquela companhia – por mais que a resposta seja um silêncio encabulado", seguiu Fernanda.
A apresentadora ainda concluiu mandando 'sinceros abraços' aos familiares das vítimas.
"Mas deixemos que eles saibam que não estão sozinhos. Que a gente abandone o curto e automático caminho da criação; e escolha, todos os dias, o difícil e cansativo caminho da educação. Porque ao primeiro sinal de que eles entenderam o recado, esse caminho torna-se completamente recompensador. Dito isso, meus mais profundos, sinceros, solidários e verdadeiros abraços nessas famílias que, tenho certeza, só gostariam de acordar desse pesadelo. E ainda para elas, mas também para a minha família, e todas as outras que lerem isso: por mais difícil que seja entender algo assim, façamos por onde para que nossos filhos não parem de acreditar no que tanto mostramos para eles em filmes e desenhos: no fim, o bem sempre vence o mal".
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