Confusão entre Vasco e Flu domina debate esportivo e comentaristas detonam

Foto: ANDRÉ FABIANO/CÓDIGO19/ESTADÃO CONTEÚDO

O Vasco venceu o Fluminense neste domingo (17) por 1 a 0 e levantou a Taça Guanabara. O gol foi marcado por Danilo Barcellos, já no final da partida, no entanto, o que chamou a atenção dos programas esportivos deste domingo foi a confusão do lado de fora do estádio.

"Isso já vem do Rio de Janeiro. O futebol reflete todos os problemas da sociedade. Os últimos governadores do Rio de Janeiro estão presos. As coisas que acontecem aqui: incêndio no Ninho, chuva, mortes em todos os lugares, Museu Nacional, isso vem de tudo e o futebol faz parte. Eu fico estarrecido é que eles conseguem piorar. Já é ruim e eles conseguem piorar. Eu fico incrédulo.", disse Paulo Nunes, no programa 'Troca de Passes', do Sportv.

Neto, no 'Terceiro Tempo', da Band, chamou o episódio de vergonha: "As pessoas que comandam o futebol carioca fazem uma vergonha dessa. Não é só esse jogo. É o que vem fazendo há alguns anos.  Aí, tudo o que aconteceu na semana passada é mentira. O pior de tudo é abrir o portão aos 27 minutos. Não é uma calamidade isso? Como é que se explica isso? Isso não é mais importante que o espetáculo!!".

"Eu vejo mais uma pequenez da diretoria do Fluminense. Mesmo que tenha tradição. Não entra na minha cabeça brigar por causa de um setor de estádio. Os times atacam para os dois lados. […] Ainda mais em um momento de reflexão em que nós estamos. Isso tudo é resultado do egoísmo do Presidente Pedro Abad", declarou Felipe Facincani no 'Rodada Fox', do Fox Sports.

Bruno Vicari, apresentador do 'Futebol na Veia', da ESPN, ressaltou a falta de coerência no discurso dos times.

"Uma semana atrás eu estava aqui falando sobre humanidade, solidariedade. […] Faz dois anos, depois da tragédia com a Chapecoense, os clubes estavam falando em união, em encontrar uma forma de se unir. É assim que estamos demonstrando a união. É assim que estamos demonstrando a humanidade. Onde nós vamos parar?", declarou.

Maurício Barros, também da ESPN, tentou fazer um paralelo com uma loja de departamentos com problemas entre gerentes para tentar elucidar a situação.

"Pensei em uma grande loja de departamentos que faz a sua propaganda da liquidação: o maior momento de vendas do ano. Aí, o gerente de eletrodomésticos briga com o gerente de calçados pelo direito de expor primeiro o seu produto. Então, fica decidido que ninguém vai vender, que não vai ter liquidação. Mas, em um segundo momento, a loja volta atrás e dá o direito para o setor de calçados. Aí, as pessoas só vão poder comprar calçados no grande dia de vendas da loja.", disse.

O jogo começou com os portões fechados, mas a entrada de torcedores foi liberada a partir dos 27 minutos da primeira etapa. No meio do segundo tempo, os portões voltaram a ser fechados e alguns torcedores que ainda tentavam entrar ficaram de fora.