Fofura na TV: meninos entrarão em campo com Flu, mas nem conhecem jogadores

Entrevistar crianças costuma ser um desafio para qualquer jornalista – não apenas pela timidez delas no momento, como também pelas repostas espontâneas que podem surgir. E quem passou por isso hoje foi Ana Helena Goebel, repórter do SporTV.

A jornalista foi escalada para acompanhar a movimentação nos arredores do Maracanã antes do duelo entre Flamengo e Fluminense, pelas semifinais da Taça Guanabara do Campeonato Carioca de 2019. A partida será marcada por diversas homenagens às vítimas do incêndio no centro de treinamentos do Flamengo. Entre elas, 60 mil balões serão distribuídos na torcida, e 88 crianças entrarão em campo com os jogadores dos dois times.

No fim da tarde, Ana Helena se encontrou fora do estádio com quatro meninos de uma escolinha de futebol do Fluminense que entrarão em campo, e resolver bater um papo com cada um deles. As respostas, sem surpresa, foram quase sempre inusitadas.

Para o primeiro, ela perguntou se já sabia com qual jogador gostaria de entrar em campo.

"Eu não, eu não", disse o menino.

"Com quem você quer entrar?", perguntou a repórter.

"Com o jogador da Colômbia", respondeu, em referência ao meia Yony González.

"Sabe o nome?", insistiu ela.

"O cara é colombiano, tu acha que eu vou saber o nome?", arrematou o pequeno torcedor.

Ana Helena solta um "ah, meu Deus", e pergunta ao segundo menino com quem ele gostaria de entrar. O diálogo é semelhante.

"Eu não sei o nome de ninguém, mas estou torcendo para o Fluminense. Chegando lá, vou saber o nome deles", disse o segundo torcedorzinho.

Ela então quis saber se valia entrar com qualquer um. "Está valendo qualquer um. Qualquer um, para mim, está bom", completou.

O menor dos torcedores foi o mais tímido. Enquanto comia, disse que queria entrar com o atacante Luciano, torcia por um gol do jogador, informou que ia a seu primeiro Fla-Flu e que estava feliz.

Por fim, o quarto menino disse que queria entrar com o "goleiro". E também se mostrou tímido diante da repórter.

"Você quer ser goleiro também?", perguntou ela.

"Não sei."

"Você joga como?"

"Também não sei."

De bom humor, a repórter informou mais tarde que não há uma determinação prévia a respeito de quais crianças entrarão ao lado de cada jogador. A escolha deverá ser feita na hora de entrar em campo.