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7 motivos para lamentar a ausência de Silvio Luiz nos jogos da Série B

UOL Esporte

14/04/2018 04h00

Flavio Florido/UOL

A RedeTV! não conseguiu chegar a um acordo para transmitir o Brasileirão da Série B em 2018, que começa nesta sexta (13). Segundo o colunista Flavio Ricco, a emissora já desistiu da negociação. Os torcedores que já estavam acostumados com a voz de Silvio Luiz nos jogos de sábado à tarde vão ficar na saudade. Não faltam motivos para lamentar:

1. Receitas de bolo

Divulgação

Com Silvio Luiz, não tem jogo chato: mesmo quando os times não ajudam, ele dá um jeito. Se os jogadores começarem a amassar demais a bola, ele tem a receita para manter o interesse do telespectador. Uma receita de bolo de milho, para ser mais exato. É isso mesmo: na falta do que narrar, ele costuma passar os ingredientes e o modo de fazer da guloseima, "ideal para acompanhar um cafezinho no meio da tarde", como ele próprio destacou na transmissão do moderrento Vasco x ABC pela Série B de 2014. "Pro cara não mudar de canal, você tem que inventar alguma coisa, pô!", justificou.

 

2. Narra as arquibancadas

Roberto Jayme/UOL

Quando o jogo é narrado por Silvio Luiz, qualquer coisinha vira motivo para uma tirada criativa: a movimentação nas arquibancadas, os gestos do treinador, a reação de um torcedor. Os estádios "raiz" da Série B estão repletos de cenas paralelas ao jogo que não escapam do olhar afiado dele. Em 2017, o vendedor de pipoca do Beira-Rio virou personagem dos jogos do Inter, pois Silvio sempre cornetava o preço do pacote, que segundo ele era vendido por R$ 12.

 

3. Não perde a piada

Carlos Gregorio Jr/Vasco

Quando o Macaé disputou a Série B, Silvio deixou escapar um "Macalé", talvez em homenagem ao humorista famoso. O narrador gosta de tirar onda com nomes de times ou jogadores, como fez na transmissão do jogo do Bayern de Munique e São Paulo na Copa Audi de 2013: Schweinsteiger virou "Bastião", e Mandzukic, "Manduriquiti". Se o time tem alguém com uma alcunha diferente ou engraçada, ele não perde a piada. Certa vez, tentou soletrar o nome do vascaíno Yago Pikachu…

 

4. Sinceridade

Divulgação

Silvio Luiz fala o que vem na cabeça, tanto na TV quanto no Twitter. Seja para cornetar um jogador, tirar sarro de alguém ou reconhecer o próprio erro. Narrando a Série B, ele nunca perdeu a chance de criticar um jogo chato ou zoar um atacante que perdeu um gol feito. Em alguns casos, ele pode até perder a mão e acabar ofendendo alguém. Mas, na maioria das vezes, é a sua espontaneidade que deixa a narração mais divertida.

 

5. Experiência em arbitragem

Reprodução/Site oficial

Se a arbitragem na Série A já é bastante contestada, imagine na Série B… Os confrontos envolvendo times grandes costumam gerar muitas reclamações para os dois lados, e ninguém melhor para dissecar as polêmicas do que Silvio Luiz. Além de deixar o clima mais leve com seu bom humor, ele entende do assunto: pouca gente sabe, mas ele tem curso de árbitro na Federação Paulista e chegou a trabalhar em jogos do Campeonato Brasileiro nos anos 1970.

 

6. Bordões clássicos

Arte UOL

Além de levantar o astral das transmissões da Série B, os bordões de Silvio Luiz prestam um serviço de utilidade pública. Se está no banheiro ou preparando um lanche, o torcedor para o que está fazendo quando ouve "olha a confusão lá na cozinha" ou "vai mandar lá no meio do pagode". Ao ouvir "olho no lance", corre para a frente da TV. E reza para chegar antes do "balançou o capim no fundo do gol".

 

7. O gol mais original da TV

UOL

Até então, o lado bom de estar na Série B era ter a oportunidade de ver o time do coração em uma transmissão com Silvio Luiz. Seu estilo e os bordões já fazem parte do imaginário do futebol brasileiro, e nem todos os torcedores mais novos puderam vibrar com um gol narrado por ele. Talvez nenhum outro locutor no mundo tenha um jeito tão original de anunciar um gol – sem pronunciar, em nenhum momento, a palavra "gol". E ele tem uma explicação: "Não preciso gritar gol se o som ambiente grita o gol. Eu boto uma legenda naquilo. Se eu estivesse no rádio, seria diferente".

 

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