Galvão diz que, sem replay, teria marcado pênalti em Dudu: "lance cruel"
Durante o programa Bem, Amigos! desta segunda-feira (10), o narrador Galvão Bueno comentou sobre a polêmica arbitragem da final do Campeonato Paulista e ponderou sobre a dificuldade do lance envolvendo envolvendo o atacante palmeirense Dudu e o volante corintiano Ralf, isentando o árbitro Marcelo Aparecido Ribeiro de Souza. De acordo com o apresentador da atração do "SporTV", o lance era cruel e ele, sem replay, também teria marcado o pênalti.
"Me pareceu claro o seguinte: nessa primeira imagem (sem replay), se eu fosse o juiz, também tinha dado pênalti. Acho que todo mundo. É que depois vêm as imagens subsequentes e a visão diferenciada do (quarto) árbitro, que chamou a atenção do árbitro", avaliou.
A confusão maior se deu pelo fato do árbitro ter apontado penalidade e voltado atrás depois de cerca de oito minutos, alegando ter atendido à avaliação do quarto árbitro, Adriano de Assis Miranda, supostamente melhor colocado. A demora levantou suspeita de interferência externa e gerou discussões acaladoras durante e após o dérbi, e por toda esta segunda. Marcelo Aparecido negou a irregularidade. "Acho que a grande lambança foi esse tempo parado", comentou Galvão.
"No final das contas, o juiz errou pela extensão, pela trapalhada que ficou ali em campo. Acabou motivando protesto do Palmeiras, ausência na festa, tentou desmerecer o campeonato, algumas atitudes de torcedores de quebrar vidro, não sei o quê, isso que não é legal, não", opinou o comandante da atração. "É um lance cruel para um juiz", completou.
Mais adiante no debate, Arnaldo Cezar Coelho, principal analista de arbitragem da Globo, ali presente, criticou a escala de um árbitro não tão badalado para arbitrar um clássico difícil como Palmeiras e Corinthians. "É um jogo diferenciado, porque é uma rivalidade muito grande. É um jogo que não é o árbitro que apita. Quem apita é o nome do árbitro. Num jogo desse, já que não tem um árbitro com nome para colocar, traz um árbitro de fora. A Federação Paulista já trouxe árbitro de fora em outras decisões. Podia trazer", sugeriu.
Galvão concordou sobre o problema de se optar por um árbitro menos renomado para a decisão e ainda acrescentou que, para ele, faltam apitadores de nome no futebol brasileiro da atualidade. "Eu sempre uso você, Arnaldo, como exemplo. Apitava na Federação Carioca e vinha fazer jogo decisivo em São Paulo, em Minas Gerais, No Rio Grande do Sul, ia no nordeste. Você e outros, Romualdo Arppi Filho, José Roberto Wright, [Dulcídio Wanderley] Boschilia. Nós não temos mais um árbitro de peso, como esses nomes que citei. Não vejo nomes de peso na arbitragem."
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