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Mauro contesta pênalti, acréscimos e cobra Diego e gestão do futebol do Fla

UOL Esporte

14/12/2017 08h32

O meio-campista Diego e a gestão do Departamento de Futebol do Flamengo foram alvos de críticas do comentarista Mauro Cezar Pereira na mesa redonda Linha de Passe, da ESPN Brasil, levada ao ar logo depois da conquista do Independiente da Copa Sul-Americana para cima do Flamengo, na noite desta quarta-feira (13), após empate por 1 a 1 no Maracanã. O time argentino havia vencido por 2 a 1 na ida.

"O Flamengo só conseguiu ameaçar minimamente em jogadas de cruzamento, como os dois gols (da ida e da volta) saíram de quê? De bola na área, de cruzamento. O Flamengo não consegue trabalhar uma jogada, tem dois meias caros, Diego e Éverton Ribeiro, que não conseguem jogar juntos muitas vezes e que não produzem. Diego, um jogador que não dá o passe decisivo, que não consegue resolver jogo grande algum nunca, raramente", criticou, isentando o técnico da equipe, o colombiano Reinaldo Rueda.

"Hoje, no momento que o Flamengo tomou o gol, praticamente deixou de existir. O time não tem organização, padrão de jogo, [mas] não é culpa só do Reinaldo Rueda, que chegou no meio do caminho, foi conhecendo os jogadores ao longo da temporada. Teve que errar, insistindo com alguns nomes que aos poucos foram sendo afastados. E aí quando enfrenta um adversário mais organizado, mais bem treinado, mais consciente e que depois que empatou e veio o segundo tempo teve um controle quase que total do jogo."

Já em relação ao trabalho dos dirigentes no comando do futebol rubro-negro, Mauro não poupou críticas: "Tudo o que está acontecendo é reflexo de uma gestão desastrosa dentro do departamento de futebol."

"Poderia ganhar, mata-mata acontece qualquer coisa, mas quem venceu a competição foi um time mais organizado, que soube se comportar melhor no campo do adversário, e o Flamengo também carrega um pouco uma marca que vai demorar um pouco para se livrar, se é que vai conseguir se livrar dela, que é a fraqueza, a fragilidade em competições internacionais, são muitos fracassos. Só para o Independiente é a segunda vez que perde um título em casa. Perdeu em 1995 e perdeu hoje", finalizou o seu comentário no início do programa.

Para comentarista, pênalti contra o Flamengo não existiu

A arbitragem, inclusive a de vídeo, também mereceu críticas de Mauro Cezar, que inclusive cobrou uma melhor avaliação sobre os acréscimos a serem dados no jogo por conta do tempo usado para adoção do auxílio tecnológico. O analista ainda contestou a penalidade marcada para o Independiente, que valeu o empate, resultado necessário para os argentinos assegurarem o título da Sul-Americana.

"Foram cerca de três minutos e meio para cobrar o pênalti por conta da utilização do árbitro de vídeo. Aliás, tem um detalhe interessante: [com à adoção do recurso tecnológico], aumentou o poder do árbitro para fazer o que ele quiser. Quero frisar, acho que o Flamengo não merecia vencer e que se tivesse mais 15 minutos em cada tempo, não faria o gol, por ser um time desorganizado, com problemas e tudo mais, mas o árbitro tem que dar o tempo que tem que dar. Três minutos e meio aproximadamente para bater o pênalti, árbitro de vídeo, [e] pra mim não houve o pênalti e acho impressionante que o cara ainda vendo ali ache que tenha pênalti, um pênalti à brasileira ou à sul-americana, como queiram", avaliou.

"Houve, ainda, o choque de cabeça do Tagliafico com o Réver, os dois foram atendidos e demorou um bom tempo, também. Só aí você tem uns cinco minutos, mais ou menos, seis, talvez, fora as interrupções normais do jogo, isso no primeiro tempo. Aí no segundo tem o César [recuperando-se de uma quada, chegando a ficar desacordado em campo] e uma porção de substituições e as interrupções normais do jogo. A gente está acostumado com três, quatro, cinco [minutos de acréscimos]. Então, com o árbitro de vídeo, o normal é oito, nove, dez [minutos]", acrescentou.

"Acho que não adiantaria, mas é um bom e um mau exemplo de como essa tecnologia é utilizada de forma precoce, de qualquer maneira, sem padronização, gerando esse tipo de coisa. É legal, mas deveria ser feita de uma forma mais organizada, inclusive com maior rigor em cima do juiz. Pára o cronômetro, alguém controla isso. Por que o cara que controla o vídeo não tem um maluco lá dentro dentro para falar: 'Olha, você parou quatro minutos, é obrigado a dar quatro minutos [de acréscimos] agora'?", questionou Mauro.

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