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Edmundo recorda acidente de carro com mortes e apoia desabafo de Levir

UOL Esporte

22/10/2017 23h31

Edmundo em participação no "A Última Palavra" (Reprodução/Fox Sports)

Em entrevista coletiva pós-vitória do Santos sobre o Atlético-GO, por 1 a 0, o técnico Levir Culpi saiu em defesa dos seus jogadores, criticando a excessiva pressão colocada sobre os atletas, queixa que contou com o apoio do comentarista Edmundo, do FOX Sports, na mesa redonda A Última Palavra deste domingo (22).

"Concordo muito com o que ele disse, acho que eles tem razão quando fala que jogadores e profissionais do futebol são cobrados mais do que deveria. É um esporte. A paixão faz com que se revolte com tudo. Qualquer profissional, um CEO de uma multinacional, que recebe uma proposta maior para ir para uma outra empresa, ele vai naturalmente, normalmente. O jogador (nessa situação) é mercenário, e é por esse motivo que estão pegando no pé do Lucas Lima. O Levir tem razão, as pessoas colocam as suas frustrações profissionais, a sua mágoa com o país, com o desemprego, com a falta de segurança no campo de futebol", argumentou.

Edmundo, inclusive, fez questão de se colocar como exemplo de vítima da ira das pessoas, em seu tempo de jogador, quando em 1995, dirigindo um Jeep Cherokee, bateu num Fiat Uno na Lagoa, zona sul do Rio de Janeiro, acidente que terminou na morte de três pessoas.

"O torcedor xinga o atleta, só o atleta está errado. Eu estou falando isso, porque eu fui a vida inteira, sofri um acidente de carro e sofri um linchamento público. Passei 13 anos da minha carreira (com) as pessoas me xingando sem eu ter a prerrogativa de ser culpado ou inocente. Tenho direito de me defender, sou cidadão, sou ser humano, eu pago os meus impostos. O Levir está falando isso", reforçou.

Sobre o recordado episódio da vida pessoal de Edmundo, em março de 1999 ele foi condenado a quatro anos e seis meses de prisão em regime semiaberto por homicídio culposo. Em 2011, chegou a ser preso, passar a noite na cadeia, mas foi liberado devido a um habeas corpus. Meses depois, o STF declarou a extinção da punição, sob o argumento do então ministro Joaquim Barbosa de que o crime havia prescrito quatro anos antes.

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