Jornalista chama Trump de "supremacista branco"; governo pede sua demissão

Foto de perfil de Jemele Hill no Twitter (Reprodução/Twitter)

A Casa Branca afirmou nessa quarta-feira (14) que Jemele Hill, jornalista da "ESPN" americana, deveria ser despedida por ter chamado o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de "supremacista branco" no Twitter.

"É um dos comentários mais escandalosos que se pode fazer, e acho que para a ESPN certamente este é um motivo de demissão", disse a porta-voz da presidência, Sarah Huckabee Sanders, interrogada sobre a mensagem de Hill, apresentadora do "Sportscenter", o programa mais importante do canal.

Originária de Detroit, a jornalista negra escreveu na segunda-feira que Trump era "o presidente mais ignorante, ofensivo já visto em toda a sua vida" e acrescentou que ele é "um supremacista branco rodeado amplamente por outros supremacistas brancos".

Estas declarações acontecem em momento em que o presidente é acusado de não ter sido firme o suficiente para condenar o encontro de membros da extrema direita em Charlottesville, em meados de agosto, em evento que acabou com a morte de uma mulher de 32 anos, atropelada por um simpatizante neonazista.

Os conservadores americanos também criticam o canal de esportes por seus comentários demasiadamente políticos.

Diante das críticas, a "ESPN", que pertence à Disney, afirmou, em comunicado, que os comentários de sua jornalista "não refletem a posição da ESPN", assegurando que Hill tinha "reconhecido que seu ato estava fora de lugar".

Nessa quarta, após a declaração da porta-voz da presidência, Hill ocupou normalmente seu lugar na bancada do "Sportscenter" sem fazer qualquer referência ao caso. Depois, usou o Twitter novamente para dizer que suas postagens refletem sua posição pessoal, e não a da "ESPN".

* Com informações da AFP