Casão define Ceni como maior ídolo do SP, e Leco faz questão de corrigi-lo: "Um dos maiores"
Em entrevista gravada, realizada por Walter Casagrande e levada ao ar neste sábado (12) pelo programa Globo Esporte, o presidente do São Paulo, Carlos Augusto de Barros e Silva, o "Leco", corrigiu o comentarista após definir Rogério Ceni como maior ídolo da história do clube. O mandatário fez questão de dizer que Ceni é um dos maiores.
"O Rogério é o maior ídolo da história do São Paulo", disse Casão, no que Leco corrigiu: "Um dos maiores."
"Um dos maiores, mas aquele mais representativo nos últimos anos", insistiu o analista, no que o presidente devolveu: "Sim, nos últimos 20 anos, sim."
Leco discordou da opinião do comentarista de que nada deu certo para o clube na última década. "Certamente, é um exagero. Tem muita coisa que deu certo. Algumas coisas não deram, menos do que as que deram (certo), mas certamente elas foram marcantes e causaram dificuldades para gestões que ocorreram. Quero considerar que o fato de não termos tido bons resultados este ano e estarmos vivendo essa situação incômoda é uma transição, nós estabelecemos um projeto no começo do ano com o Rogério que infelizmente não foi bem sucedido. Nada por culpa dele."
Ainda sobre Ceni, Casagrande quis saber do cartola se era realmente necessária a sua demissão, argumentando que pouco mudou em relação a resultados, rendimento, após a troca do ídolo por Dorival Júnior no comando do time. "Não dava para continuar com o projeto?", questionou.
"Veja bem, nós concluímos que estava sendo desgastante e ameaçador, a ponto de aconselhar que a decisão fosse tomada, e foi minha. O São Paulo estava em uma caminhada perigosa. Precisava de uma tomada de posição, era agir ou me omitir e eu preferi agir", respondeu. "As portas do São Paulo jamais se fecharão para o Rogério em qualquer coisa. Rogério é uma figura maiúscula da nossa história", enfatizou.
"Pra mim, é o pior time do São Paulo que já vi desde 1970 e eu seu que o senhor não concorda com isso", comentou Casão. Leco riu e confrontou Casão: "Como você sabe que eu não concordo."
"Ah, eu acho", reagiu Casagrande. E então Leco respondeu: "Você acha que eu não concordo? Eu vou expressar aqui, pedindo licença, para discordar de você. Não só a equipe do São Paulo do começo do ano como esta ela tem qualidade, sim."
"Vejo a fala do senhor, qualificando todo o time, todo o elenco e o São Paulo na zona de rebaixamento, o que me preocupa muito, porque a maioria dos clubes quando cai, principalmente os grandes, é porque não observam a realidade dos fatos", observou o comentarista da Globo.
Com um discurso mais humildade, Leco disse: "Essa coisa de que time grande não cai é um mantra que se lançou, mas eu tenho a grande preocupação de que time grande cai, porque o Corinthians caiu, o Inter caiu, o Vasco, Atlético-MG, o Grêmio, então, veja que, não é uma coisa assim de dizer, o São Paulo não é maior do que nenhum desses outros clubes."
"Qual é a porcentagem de uma possível queda e de uma salvação?", perguntou Casão. O mandatário não quis dar um porcentual. "Confio, sim, que vamos conseguir sair dessa situação incômoda, delicada, que tanto vem entristecendo toda a coletividade são-paulina. Temos agora todo um turno, 19 jogos para recuperar isso e o São Paulo, tem, sim, qualidade e condições de conseguir isso."
"E se cair?", insistiu Casão. "Espero que não aconteça. Se cair, vou ter que primeiro lamber as feridas e enxugar as lágrimas, porque será muito doloroso. E se cair eu conto com o fator fundamental para grandeza do São Paulo, que é a sua torcida, essa torcida maravilhosa que está nos abraçando. Isso é fundamental, que o nosso torcedor não abandone o São Paulo em nenhum momento", declarou o presidente.
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