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Muricy acha que Roger perdeu oportunidade de assumir Fla e cobra ataque do time: "Tem que marcar"

UOL Esporte

08/08/2017 08h11

Reprodução/SporTV

O ex-treinador Muricy Ramalho comentou no programa Bem, Amigos!, do SporTV, na noite desta segunda-feira (7), sobre a negativa de Roger Machado em assumir o Flamengo, time que ele comandou por curto período no início de 2016. Ao mesmo tempo que disse respeitar a postura do técnico em não querer começar um trabalho com um time no meio da temporada, Muricy fez a ressalva de que Roger pode estar perdendo uma boa oportunidade na carreira.

"Acho legal isso do Roger em relação a se valorizar, de ter um trabalho mais no começo do ano que ele quer fazer, mas eu posso dizer que ele está perdendo uma grande oportunidade na carreira dele", opinou.

"Daqui a pouco, nenhum treinador que está desempregado vai trabalhar, então. O Flamengo é um time hoje muito estruturado, muito forte. É uma atitude legal, bonita e tal, mas ele tem que saber escolher e acho que ele está perdendo uma grande oportunidade de trabalhar em um grande clube no momento que o Flamengo está, econômico, de estrutura, de diretoria, de jogadores, principalmente. Ele já descansou um tempo e viria muito forte para o Flamengo. Mas isso é uma posição dele e a gente respeita", comentou.

Falando sobre as deficiências que enxerga no time rubro-negro, o hoje comentarista do canal esportivo criticou na mesa redonda a falta de colaboração na marcação dos meio-campistas e atacantes, prática comum das melhores equipes. Na argumentação, ele mencionou o líder do Brasileirão, Corinthians, time no qual os jogadores ofensivos, em sua visão, se dedicam muito mais ao sistema defensivo do time.

"O Corinthians sem a bola todo mundo defende. O Flamengo ainda falta, por isso que vai estourar sempre na defesa. Acho que falta do meio-campo pra frente do Flamengo saber que sem a bola tem que marcar. O Flamengo tem essa dificuldade. Os jogadores do Flamengo do meio-campo pra frente têm que ter essa cabeça, mudar um pouco isso, sem a bola marcar um pouco mais", cobrou de sua ex-equipe.

"Sempre no futebol quem perde é a defesa e não é isso. (O certo) é um time defender bem e atacar bem. O Flamengo ataca bem e não defende bem. Desde lá da frente começa a marcação. Hoje, os melhores times, como o Corinthians, jogam assim. Até o Jô marca, todo mundo marca. Esse é um problema que o Flamengo vai ter que rever", enfatizou.

Na atração, o ex-treinador ainda disse considerar mais fácil executar uma opção de jogo que abdique da posse da bola e privilegie a marcação e a saída em contra-ataque, explorando brechas dos adversários, segundo ele a proposta de futebol do primeiro colocado do Campeonato Brasileiro.

"Jogar atrás da linha da bola, no erro do adversário, é mais fácil armar o seu time, e o Flamengo não tem. A gente sempre compara o Flamengo com o Corinthians ou o Corinthians com algum time. A torcida do Corinthians comprou essa ideia, que pode ficar sem a bola, pode ficar com os 11 atrás da linha da bola. Não precisa ser um time que ataca toda hora, que faça marcação pressão. O Flamengo é totalmente ao contrário, é um time que a torcida quer que ataque", avaliou.

"Se você ver a imagem aberta (da disposição tática) do Flamengo, (ficam) os dois laterais, os volantes adiantados, porque a torcida pressiona para atacar e aí toma gol em contra-ataque. Fica como tomou gol contra o Corinthians, Rever e mais um, contra-ataque, tudo campo aberto, não segura", criticou.

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