Cleber Machado recorda Palmeiras 2016 e vê Corinthians no caminho do título

O rendimento do líder Corinthians no Campeonato Brasileiro, abrindo, inclusive, considerável vantagem na pontuação em relação a times que eram apontados como candidatos ao título antes do início da competição, é razão para que a equipe comandada por Fábio Carille já seja apontada como um dos principais postulantes à conquista do Brasileirão, avalia o narrador Cleber Machado.

"Já é hora de dizer que o Corinthians é candidato ao título, porque abriu seis pontos em relação a Chapecoense, que é quarto lugar, e sete pontos em relação ao Santos. Quer dizer que são três rodadas em relação ao Santos e duas em relação à Chapecoense, rodadas que o Corinthians precisa perder", destacou o locutor da Globo em participação no programa Seleção SporTV desta quinta-feira (15).

"A grande questão para dizer que é candidato ao título ou não é, mesmo a gente tendo aquela lista dos candidatos, é qual vai ser o andamento do campeonato para ele, Corinthians. Parece claro: é um time difícil de ser vencido, pelo sistema que tem, e que começou a aprender a ganhar jogo, a tomar gosto por ganhar jogo, porque a gente tinha a impressão que o Corinthians (anteriormente) vinha vencendo e entrava (em campo) assim: 'Ô, o empate já vai me deixar com o apetite saciado"', argumentou Cleber.

"Fizeram a bola de cristal três dias antes de começar o campeonato. Se for hoje lustrar a bola, tenho impressão que Corinthians e Grêmio são os dois candidatos ao título. O desempenho é que vai mostrar, mas é claro que é candidato hoje", opinou Cleber. "É claro, (pode ocorrer) uma arrancada. O Palmeiras tem sete pontos, o Corinthians tem 19", observou.

"Eu dividiria o campeonato por quatro. São 19 jogos por turno, então pega a décima rodada, depois vai para as nove que termina o primeiro turno e faz mais dez e nove (no returno). Se divide por quatro, nós estamos chegando a esse primeiro quarto com uma pontuação, uma porcentagem de aproveitamento (do Corinthians) muito expressiva. A única coisa que não pode cravar nada é essa inconstância dos times aqui no Brasil e surpresas dos times que estão lá embaixo, que de repente começam a ganhar", analisou.

E lembrou: "Aquela história do Cuca no ano passado: 'Se eu terminar julho, agosto em primeiro lugar, eu ganho o campeonato'. Ele terminou julho, agosto em primeiro e ganhou o campeonato. Não é porque ele era vidente, é porque ele fez a projeção dos adversários, aquele momento, o que os outros iriam enfrentar. Essa campanha inicial do Corinthians, que talvez hoje seja também a do Grêmio, já obrigou todos os outros adversários a repensarem esses mini-campeonatos que eles fazem: 'Nesses três próximos jogos temos que conquistar tantos pontos'. Isso vai precisar ser mudado no planejamento de cada um."