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Muricy analisa pressão para Zé Ricardo utilizar Vinicius Júnior: "Não tem volta"

UOL Esporte

25/05/2017 15h47

Reprodução/SporTV

Agora no papel de comentarista, o ex-técnico Muricy Ramalho analisou no programa Seleção SporTV desta quinta-feira (25) a pressão sobre Zé Ricardo, que o sucedeu no comando do Flamengo no ano passado, para colocar a jovem promessa rubro-negra Vinicius Júnior em campo.

"O Zé e nenhum treinador vai aguentar isso aí", comentou, sobre os pedidos da torcida pelo garoto no time rubro-negro, na noite passada, na apertada vitória sobre o Atlético-GO, por 2 a 1, resultado que fez o Flamengo avançar na Copa do Brasil.

"Eu também não ia aguentar, ia pôr para jogar, porque, meu, isso é natural, não tem como, cara. Agora não tem mais volta, não. Já era, o garoto a qualquer momento vai ter que arrumar um lugar lá, jogar com 12, alguma coisa vai ter que acontecer", avaliou.

Mas, ao mesmo tempo que vê como inevitável a utilização de Vinicius Júnior, recentemente negociado a preço de ouro com o espanhol Real Madrid, Muricy se colocou no lugar de Zé Ricardo na difícil tarefa de administrar a pressão e não queimar o jovem.

"A situação do técnico é complicada, porque ele sabe no dia a dia o que o garoto pode fazer no domingo ou na quarta. Ele sabe, mas acontece que a pressão é tão grande que tudo o que ele faz… E ele está fazendo um bem para o moleque, sabe que ainda está com dificuldade, pôs no primeiro jogo e sentiu demais no Maracanã. O treinador está vendo no dia a dia que não está pronto, ainda, mas pode ter certeza que com essa pressão…", analisou.

Questionado pelo repórter Eric Faria, participante do programa, se teria colocado em campo, atendendo aos pedidos da torcida no jogo da Copa do Brasil, Muricy ponderou que do lado de fora é diferente tomar a decisão, que até faria diferente de Zé Ricardo e usaria o jogador, mas pregou respeito ao técnico.

"Aqui de fora, no ar condicionado, posso dar palpite como torcedor, como amigo do Zé. Eu gosto muito do Flamengo e estava torcendo. Do jeito que estava ontem, acho que dava para arriscar um pouquinho, colocar ele pelo lado do campo, que ele gosta de jogar na beirada, e o (lateral) Trauco por dentro, fechando o meio-campo com três, mas a gente tem que respeitar o técnico, que conhece o elenco, sabe o que o cara pode fazer, e aí vem o emocional, também. Ele queria dar a oportunidade para o menino Matheus Sávio", comentou, sobre o também jovem atleta do Flamengo, apontado como um dos vilões da eliminação da Copa Libertadores, e que acabou marcando o gol que valeu a vitória sobre o Atlético-GO.

"O treinador do Flamengo mostrou personalidade, porque numa situação dessa (outro) ia deixar o garoto do lado. Ele (Matheus Sávio) foi muito criticado, e ele deu uma oportunidade para o garoto dar a volta por cima. Isso, para o time, os companheiros, é muito importante. Com esse tipo de atitude que ele teve com o garoto, ele ganha o grupo, o moleque estava arrasado, deu chance para o menino se recuperar. O Zé teve personalidade para fazer isso, está se fortalecendo com esse negócio", opinou.

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