Galvão relembra dia que deixou Senna maluco ao fazer bullying com amuleto

Amigo de Ayrton Senna, Galvão Bueno relembrou o dia em que levou o piloto à loucura ao esconder um amuleto que ele tinha: as luvas.

"O Ayrton tinha as superstições dele e tinha um par  de luvas velhas que enquanto seguissem dando certo ele não trocaria, Ele pedia para a Dona Neide (mãe) custurar, pedia para a Isabel que era funcionária da casa costurar, a Lúcia minha ex-mulher também costurou. Ele não largava dela enquanto davam certo, e dava certo sempre. Um dia, eu peguei, amarrei as duas luvas em uma cordinha e joguei lá para baixo do sétimo ou nono andar e ela ficou ali parada no terceiro. Ele ficou maluco, porque precisava ir embora e não achava as luvas", contou o narrador em vídeo divulgado nesta sexta-feira pela Senna TV.

No bate-papo com o jornalista Rodrigo França, Galvão relembrou diversos causos com o tricampeão. Entre eles, o dia que Senna cortou toda a sua camiseta e o fez passar apuros na imigração para o Japão.

Galvão contou também o que aprontaram com Armando Botelho, empresário de Senna, e Gerrard Berger.

"Nós nos divertíamos demais. Uma vez a gente passou Super Bonder nos óculos do Armando (empresário do piloto). Também teve a viagem de trem no Japão, quando o Berger dormiu e o Ayrton jogou um gel de barbear para mim e eu enchi o sapato dele (Berger) de gel", divertiu-se Galvão.

"O troco do austríaco viria em plena decisão do tricampeonato. "Recusei um suco de laranja oferecido pelo Josef (Leberer, preparador físico de Berger e Senna na McLaren) – depois fiquei sabendo que tinha remédio para dormir! Já pensou se fico dormindo na cabine de transmissão? Bom, tem gente que até ia gostar de não me ouvir", competou.

Galvão disse ainda que Senna o chamava de Papagaio. "Por que será né?".

Galvão e Senna após um jogo de tênis. Foto: Norio Koike/ Instituto Ayrton Senna