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Galvão esbanja otimismo com futuro da Chape: "Vai voltar gigante"

UOL Esporte

21/01/2017 17h38

Crédito: Reprodução/TV Globo

Crédito: Reprodução/TV Globo

Na abertura da transmissão da Globo do amistoso especial entre Chapecoense e Palmeiras, neste sábado (21), o narrador Galvão Bueno e os comentaristas Walter Casagrande e Caio Ribeiro falaram sobre o quão era para eles participar desse novo momento de reconstrução da Chape, a partir de seu primeiro jogo oficial neste sábado (21).

"Está sendo chamado de 'jogo da amizade' Chapecoense e Palmeiras. O Palmeiras quando foi campeão, na vitória de 1 a 0, em cima da Chape, foi o último jogo da chape antes que ela embarcasse, na tragédia, no aviao que caiu junto a pista de Medellín, na COL, Teria que ser contra o Palmeiras esse jogo de retorno, mas é muito mais do que um jogo, é um rito, é um rito de passagem", iniciou o narrador.

"Como já tive a oportunidade de dizer, as pessoas sabem que neste momento que juntar as alegrias de uma curta e vitoriosa história desse time, na forma como envolveu uma cidade, uma região, um estado. Colocar junto, também, tristeza, sofrimento, angústia da terrível tragédia. E colocar tudo isso guardado no coração. E colocar em campo o futuro, exatamente o que vai acontecer hoje, um trabalho impressionante, inacreditável, diria eu. A partir do dia 10 de dezembro, já que o desastre foi no dia 20 de novembro, contratar 23 jogadores, remontar um time e estar em campo hoje, com amor, com carinho, com vibração, emocionados, é claro, mas todos mostrando a felicidade de ver a Chape de novo em campo. A Chape vai voltar gigante", continuou.

"É um momento mágico que o esporte proporciona. A tragédia vai ficar marcada para sempre, mas assim também vai ficar marcada a solidariedade de todas as partes do mundo. O esporte é capaz disso, ele mexe com o coração das pessoas, principalmente num momento tão dificil que o mundo vive, de tanta falsidade, de tanta ladroagem, de tanta violência, de tanta morte desnecessária, de tantos atos terroristas inomináveis a solidariedade marcou essa passagem e esse rito de hoje e irá determinar o futuro da Chapecoense", reforçou, para então os colegas de transmissão fazerem seus pronunciamentos.

Primeiro, Casão, que disse que, se fosse possível, estaria em campo para defender a Chape. "Não é um jogo normal e tava pensando: nunca vai faltar aos jogadores da Chapecoense motivação , vontade, talvez até nos treinos eles vão estar com uma super motivação porque é uma responsailidade. Na realidade, é uma honra jogar na Chapecoense. Se eu tivesse idade ainda e joelho, eu viria jogar na Chapecoense. Será uma coisa espetacular, tenho certeza disso", disse, emocionado.

Caio concordou e também se disse emocionado por participar do jogo. "Fiz questão de estar aqui e participar dessa transmissão. Depois de tudo o que aconteceu, todos nós temos um pouquinho de Chapecoense no coração. E a forma que fomos recebidos. Primeira vez que venho a Chapecó, mas parece que temos parentes na cidade, porque é uma onda de amor. Tá transbordando esperança. A dor tem que ser digerida, as lágrimas têm que ser secadas, mas é muito bacana tudo o que a gente esta vivendo aqui", afirmou o analista.

Mensagem

Além de usados para decorar os gols da Arena Condá nesta tarde no amistoso entre Chapecoense e Palmeiras, os origamis dos tsurus, aves sagradas no Japão que simbolizam saúde, boa sorte, felicidade, longevidade e fortuna, também foram entregues aos visitantes do estádio da equipe catarinense. Igualmente contemplado com o presente, Galvão Bueno leu a mensagem contida no seu origami, durante o intervalo da partida, e concordou.

"Tá aqui o meu. É o que tem no alambrado, o que recebemos na entrada (ao estádio), que tem na rede do gol. Faz parte da cultura japonesa. 20 mil foram entregues aqui. Vamos ver o que está escrito no meu, o que me desejam. 'Serenidade'. Veio certinho, hein? Às vezes preciso de uma certa serenidade. Olha, veio certinho", aprovou o narrador global.

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