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PVC levanta a voz em discussão com comentarista do Fox Sports

UOL Esporte

09/12/2016 20h15

A denúncia da Confederação Brasileira de Futebol(CBF) desta sexta-feira (9) sobre suposto uso de documento falso por parte de Internacional na petição apresentada para reabrir o caso envolvendo a transferência e registro do zagueiro do Vitória, Victor Ramos, emprestado pelo Monterrey-MEX, gerou debate acalorado entre os comentaristas Osvaldo Pascoal e Paulo Vinicius Coelho no programa Expediente Futebol desta tarde.

"Não é defender o Internacional, mas tem que apurar o caso. Tô dizendo isso pela perplexidade do (Vitorio) Piffero na descida do ônibus (em desembarque do clube colorado no Rio de Janeiro, visando ao jogo de domingo contra o Fluminense). A gente tem uma indústria hoje na internet de mandar um monte de informação falsa e tudo mais, e o departamento jurídico do Inter tem que pegar qualquer coisa que receba e ter muito critério, muito cuidado, como todos nós que recebemos inúmeros e-mails com informações fajutas. Outro dia tinha um áudio rolando sobre o Roger no vestiário do Grêmio que não tinha nada a ver, que era absoluta mentira. Você pega a informação, ouve, checa, recheca, tem certeza e faz alguma coisa com aquilo ou não faz nada. Era o caso do Internacional, mas não tô dizendo que foi isso que aconteceu. Existe uma possibilidade de o Internacional ter culpa no cartório e de não ter sido ele o falsificador do e-mail, ou seja…", tentou argumentar, cauteloso, sobre o caso, PVC, quando foi interrompido por Pascoal.

"Pera um pouquinho, Paulo. Pera um pouquinho, Paulo. O Internacional tem que ser no mínimo diligente nessa hora", indignou-se.

"É o que eu tô dizendo", devolveu, mais calmo, Paulo Vinicius Coelho, ao contrário do companheiro de Fox.

"O advogado é pago pra isso, pera um pouquinho. Eu não vou passar pano pra Internacional, nenhum", elevou o tom, Pascoal.

"Ô Pascoal. Eu não tô passando pano", enfatizou PVC. Em vão. "Eu não vou passar pano, não. Se entrou com documento falso na CBF, tem que pagar por isso", disparou o colega comentarista. "Eu não disse o contrário", devolveu PVC.

"Que conversa é essa de pode ser, pode não ser? Eu não passo pano para o Internacional", voltou à carga Pascoal, contrariado com a argumentação mais cautelosa de Paulo Vinicius Coelho no programa. "Você pode me deixar concluir, por favor?", pediu PVC.

"Mas é que tá muito assim: passo o pano, passo o pano. Isso não me agrada. Desculpa, isso não me agrada", voltou a subir o tom da voz Pascoal.

"Vou voltar a dizer o que disse no começo, você não precisa concordar comigo, Pascoal. Também não precisa ficar bravo", avisou PVC, desconfortável com a histeria do companheiro ali.

"Não, isso não me agrada. Eu não gosto, eu não gosto disso, é uma posição minha. Eu não gosto", seguiu irritado, Pascoal.

"Eu tô dizendo o seguinte: não tô defendendo o Internacional, não tenho procuração para defender o Internacional. Acho que se tem culpa, tem que pagar por isso, evidente. Tô dizendo apenas que uma possibilidade, pela perplexidade do Vitorio Piffero na descida do ônibus, é que o Inter tenha recebido um documento e não apurado direito e não ter sido ele o falsificador. É uma das coisas que pode apurar, checar", opinou PVC.

"Mas apresentou o documento", retrucou Pascoal.

"Agora, independentemente disso, independentemente disso, deixa eu concluir, por favor!", perdeu a paciência PVC, agora também se exaltando, após sucessivas interrupções do colega de Fox.

E prosseguiu: "independentemente disso, se aconteceu, tem que ser punido, é lógico que sim. Se eu apresentador um documento falso, vou ser punido, preso, vou pagar por falsidade ideológica. Agora, isso não exclui que eu possa levantar a hipótese de não ter sido ele o falsificador, porque é muito esquisita a essa história."

"Mas se utilizou do artifício, Paulo", rebateu Pascoal, mais calmo. "Eu disse a mesma coisa que você tá dizendo, eu concordo", devolveu PVC.

"Eu não gosto desse negócio, Paulo. É só a minha visão", enfatizou Pascoal, ainda insatisfeito com a forma de pensar do colega.

"Eu não tô passando o pano, Pascoal. Não tô passando pano. Tô colocando possibilidades", tentou mais uma vez deixar claro seu pensamento, PVC.

"Eu não cogito (inocência do Internacional). Se a CBF apresentou um documento tão duro, de uma forma tão presente, a CBF sabe o que ta falando", avaliou Pascoal.

"A CBF sempre foi acusado e recuou. Por que? Porque ela tinha culpa. É a primeira vez na história que ela diz: 'eu não tenho culpa disso aqui, não, tá aqui a prova'. Eu só tô colocando aqui as possibilidades do que pode ter acontecido, não tô passando pano, não, Pascoal. Agora, se aconteceu o crime, tem que ser punido e com cadeia. Falsidade ideológica é crime", argumentou Paulo Vinicius e o debate seguiu, só que num tom mais calmo.

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