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Renata Fan chora com "fantasma da Série B" em mais um Jogo Aberto zoeiro

UOL Esporte

22/11/2016 12h55

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Em mais um Jogo Aberto de sofrimento após derrota do seu Internacional, 1 a 0 para o Corinthians, na noite desta segunda-feira (21), com o aumento do desespero da inédita queda à Segunda Divisão Renata Fan não se segurou e foi às lágrimas no programa esportivo da Band.

"Eu não vou chorar, eles não merecem isso, diretoria não merece", chegou a dizer momentos antes de desabar emocionalmente na atração, que teve direito à presença de "fantasma", entregando uma tampa de "caixão colorado" e uma plaquinha de "Série B", além de um "Rebaixômetro", contagem regressiva feita na internet e exibida pelo programa como parte da habitual zoeira de Denilson. "Tá osso, tá difícil, tá sofrido, tô com vergonha", afirmou a apresentadora no início da atração.

"Tá bom, tá bom já. Foi só simbólico, um minuto de silêncio simbólico. Entendeu? Eu, de verdade, já tô já um tempo que eu não tenho ideia, não, pra ficar zoando. Já não sei o que fazer", disse o companheiro de Jogo Aberto, fazendo a pausa de um minuto na brincadeira, pela dor de Renata, pedindo para que telespectadores enviassem sugestões de provocações.

"Isso vai ficar até o final do Campeonato Brasileiro, que já era. Tava fazendo umas contas, vendo os critérios e…já era, já era", cutucou.

"Daqui a pouco vocês vão ver o sentimento dessa loira. Eu juro, de verdade, dá dó. Olha esse rosto lindo", disse Denilson, antes do choro da colega de Band.

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"Gente, eu só vou falar uma coisa: É humilhante, sabe por quê? Podia chegar aqui hoje e falar: foi um pênalti inexistente, indevido, o Inter perdeu por causa da arbitragem, o que na verdade representa 10% da coisa, porque o Inter não jogou em momento algum pra ganhar. Sabendo que o resultado era necessário, entrou em campo e não deu um, um chute a gol no primeiro tempo, nenhum", berrou ela.

"Depois da volta do intervalo, as substituições lá, pra colocar o Valdivia quase acabando o jogo, sem organização, não tem coletivo, não tem um craque, não tem nada pra ser decisivo", continuou com o desabafo.

"O único que se salva é o goleiro Danilo Fernandes, 70 vezes a bola vai no gol e ele tá lá, a maioria, umas 70. A zaga, a zaga com Paulão e Ernando, gente. Ontem, o William, que é um bom jogador, nervoso, tenso, não conseguiu fazer nada. O Geferson não consegue e [parece que] a bola queima. Rodrigo Dourado, também um jogador diferenciado. Anselmo não sabe o que tá fazendo. O Seijas, que todo mundo pede pra entrar, ter uma chance, só entrou no segundo tempo. O Alex nem entrou, que é experiente, que já viveu tudo no Inter nem entrou. O Aylon, coitado, nunca entra. O Anderson, pra justificar o investimento errado, uma contratação sem fundamento, que não poderia ter sido feito, e ele não faz nada. O Inter não ganhou da Ponte Preta, do Corinthians. Por que que vai acreditar que vai ganhar duas? É ridículo", disparou.

"Na vida os resultados ruins não acontecem num único dia, num único jogo, num único momento. O Inter pediu pra fazer esse tipo de coisa. Contratou um cara despreparado, como o Argel, não era o cara certo, trouxe o Falcão, perdido, outro estilo e mandaram embora com cinco jogos. Trouxeram o Celso Roth, um cara que manchou a história do Inter ao perder o Mundial. Não é que ele perdeu, ele não foi nem pra partida final, então era um cara que simplesmente não deveria voltar pro Inter. Ontem, ele tava num canal de televisão comentando o jogo do Inter, depois de ter sido demitido, ridiculamente, responsabilizado, jogado pra fora do clube no finalzinho, aí traz um cara [Lista Doido] que, né, tudo ou nada, é a chance da vida, o cara nunca teve essa chance, tem três jogos, se causasse esse milagre, ótimo, só que milagre é bem difícil de acontecer."

A diretoria do Inter, o Vitorio Piffero, foi um cara sensacional em 2006, em 2010. Aquela sede de poder, de voltar ao poder, fez com que voltasse ao poder, afundasse o Inter, contratasse o Anderson, ex-gremista, jogado e não aproveitado no futebol europeu e que não disse a que veio até hoje. O Inter trouxe pessoas que já não tão na melhor fase, como o Alex, que foi um ídolo e que hoje nem titular é no momento mais crítico, e deveria ser, para mostrar que tem amor à camisa pelo menos. O Valdivia, que é promissor e não consegue nem ter uma sequência como titular. Tem um goleiro que defende, mas tem uma zaga fraca, laterais que ora jogam bem, ora não. Tem o Rodrigo Dourado que joga sozinho, que não tem ataque, o terceiro pior da competição."

"Eu fico louca, esses jogadores, individualmente, um ou outro [servem], mas coletivamente não funcionam. O Inter é responsável, sim, o diretor, Vitrio Piffero, que bancou o cara que demitiu o D'Alessandro, o grande ídolo, que se matava pelo Inter, que entrava no Gre-Nal como ninguém entra. O Inter perdeu pro Santa Cruz lá, empatou em casa, perdeu pro América-MG, pra times que estacam piores que ele, o Inter foi muito, mas muito fraco nesse campeonato. Tô falando como torcedora, que viu todos os jogos, que deixa de fazer qualquer coisa, de sair, fica em casa."

A certa altura da atração da Band, surgiu o companheiro de Band, o ex-goleiro Ronaldo, vestido de operário de obra, brincando sobre algo que caiu na Arena Corinthians, tripudiando da notícia sobre risco de segurança do estádio e do clube pelo qual Renata Fan torce, derrotado ali em Itaquera. "O que caiu aí, o Inter? Chama a manutenção. Falaram que era a água, falaram que era do estacionamento", zoou.

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Na parte de debates, mais desabafos da loira, comandante da atração esportiva diárias da Band: "Vai ter que ganhar do Cruzeiro, não interessa se vai ou não cair, mas tem que cair do Cruzeiro. Não interessa, é ganhar ou ganhar, acabou pra esses caras, acabou a tolerância!", cobrou.

"Acredito em trabalho, em bom futebol e em vontade vencer, e isso não tem no Inter. Olha o que vou dizer: quando o medo de perder é maior que a vontade de ganhar, nada se ganha. O medo de perder é nítido", avaliou.

"Eu já fiz o meu desabafo de torcedora, não escondo isso, tô sofrendo muito, tá difícil, mas tô aqui e vou seguir em frente. Se tiver que apoiar na Série B, vou apoiar na Série B, vou continuar vendo todos os jogos", enfatizou.

"Agora, o lado profissional da coisa: um absurdo o pênalti marcado pela arbitragem, Rodolpho Toski, paranaense", criticou, sobre o lance polêmico que gerou o gol da vitória corintiana nesta segunda.

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