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Galvão Bueno detona Brasil após eliminação: "Um vexame"

UOL Esporte

13/06/2016 00h05

Galvão Bueno, narrador da Rede Globo, classificou a eliminação precoce do Brasil na Copa América Centenário como um dos "maiores vexames" da seleção em toda a história. Neste domingo (12), o Brasil perdeu por 1 a 0 para o Peru, em Boston, nos Estados Unidos. Além de Galvão, outros comentaristas esportivos detonaram o treinador da seleção.

"Um dos maiores vexames do futebol brasileiro. A verdade é que o time brasileiro não teve capacidade de fazer nem um gol sequer contra o Peru", disse, minimizando o fato de o triunfo peruano ter acontecido graças a um gol irregular, de mão, marcado por Ruidiaz.

"No dia em que pensamos que tudo corria bem, o Brasil paga um dos maiores vexames na história", reforçou. Antes do jogo, ele e seus companheiros de transmissão elogiaram o time "mais leve" escalado por Dunga, com Lucas Lima e Gabigol entre os titulares.

Galvão evitou criticar diretamente Dunga, mas lembrou que a CBF é comandada "por um homem só, pela cabeça de um homem só", referindo-se a Marco Polo del Nero, o presidente da entidade, a quem o narrador critica sistematicamente.

O Brasil, com o resultado, ficou na terceira posição do Grupo B, fora da zona de classificação às quartas de final da Copa América. Peru e Equador avançaram na chave.

No SporTV, o narrador Luiz Carlos Júnior falou que agora é necessário "zerar o futebol brasileiro", seguindo a mesma linha "corneta" de Galvão Bueno. No programa Troca de Passes, da mesma emissora, o apresentador André Rizek projetou que a pressão sobre os jogadores aumentará após o revés.

"Estava conversando com o Caio Ribeiro e ele me contou um relato que também tenho tido de pessoas ligadas a jogadores da seleção brasileira, de que, para essa turma que se acha consagrada, vestir a camisa da seleção depois do 7 a 1 tem sido um peso, um fardo. E isso vai aumentar agora", avaliou.

Comentarista do canal, Carlos Eduardo Lino entende que não houve evolução no futebol brasileiro desde a derrota para a Alemanha, na Copa do Mundo de 2014, até aqui: "Perdemos dois anos de trabalho. O futebol brasileiro deveria ter sido reestruturado e nada foi feito [pós-7 a 1]. E o Dunga vai sair, não tem como continuar o trabalho com um vexame como esse. E então voltaremos à estaca zero", disse.

 Confira outros comentários de analistas esportivos da televisão: 

José Trajano, no programa Linha de Passe:

"Não foi o gol de mão que eliminou o Brasil, foi a incompetência que já vem faz tempo dessa comissão técnica, da CBF. Vivemos dias terríveis. A gente vai de vexame em vexame. Cá entre nós, não dá mais. Dunga, Cebola [auxiliar técnico] e outros condimentos estão com os dias contados. O Dunga não é um técnico de futebol, é um soldado, um sujeito medíocre, raivoso, mas não é o cara que iria revolucionar, colocar o futebol brasileiro no patamar que merece estar."

Juca Kfouri, também na mesa redonda da ESPN Brasil:

"Os dias de Dunga, me parece óbvio, estão terminados. São todos jogadores médios. Fora de série, gênio só tem o Neymar de craque. Mas bota esses jogadores na mão do Tite, dá dez, quinze dias para ele treinar esse time e jogariam muito mais."

 

Luiz Carlos Jr., narrador de Brasil e Peru nio Sportv:

"O futebol brasileiro tem que ser repensado. Isso já há muito tempo. Alguns resultados criam uma falsa ilusão de que pode estar melhorando. Não tá. Os clubes brasileiros jogam um futebol ruim há alguns anos, não tem tido boas participações na Libertadores. Vamos ter que zerar o futebol brasileiro, hein? Vamos ter que zerar."

Maurício Noriega, comentarista da partida no canal esportivo da Globosat:

"Nós temos um protagonista, um craque [Neymar], que por uma questão política foi deixado de fora desta Copa América pra se tentar ganhar a tal medalha de ouro. Fora isso, temos muitos bons jogadores, mas eles não são protagonistas nos times deles. Lucas Lima joga muito no Santos e se escondeu no segundo tempo. O Willian, que é o Willian do Chelsea, que todo mundo falava que sem o Neymar poderia ser o segundo jogador, se escondeu o segundo tempo inteiro. O Philippe Coutinho desapareceu, aí não tem treinador que resolva. Pode botar o Mourinho, o Guardiola. Se o cara se esconde e não dá a cara pra bater, não vai acontecer nada. Também tem que mudar a postura do jogador brasileiro desta geração. As pessoas que comandam o futebol brasileiro é que são as grandes responsáveis por tudo isso que tá aí, pela má formação dos jogadores, pela sequência de gerações que vai piorando e por quem escolhe o Dunga como treinador. Nada contra, mas não foi preparado para ser treinador da seleção brasileira. Há treinadores que fizeram carreira, que se prepararam, começaram lá do time pequenininho, da categoria de base, foram crescendo e mereceram essa chance, mas não foram chamados e não se sabe o porquê."

Roger Flores, outro analista da derrota brasileira para o Peru:

"A gente tem que procurar rever conceitos de filosofia de trabalho. É claro que a gente tem um acima da média, que é o Neymar, depois todos estão no mesmo nível. Dá pra formar uma equipe competitiva com isso que tá aí? Dá pra formar uma equipe competitiva. O que que tá faltando? Conceito de trabalho, filosofia e estrutura tática, e isso a seleção não tem. Ele [Dunga] mostra algumas coisas, iniciou com uma formação até um pouco mais leve, fez um bom primeiro tempo? Fez, mas o que que tem de dedo do treinador quando precisa substituir? Ele veio com Hulk, que joga pelos lados do campo, e tirou o centroavante quando precisava fazer gol. E o Gabigol não era dos piores, era o da frente que procura mais o jogo, que tentava finalizar. Lucas tava mal tecnicamente, Willian sumido no segundo tempo, Elias não fazia bom jogo. Ele tinha várias alternativas pra mudar o desenho tático, pra botar uma equipe mais à frente, mas não faz. Ele começa de um jeito e termina o jogo do mesmo jeito."

André Rizek, apresentador do programa Troca de Passes:

"Tava conversando com o Caio Ribeiro na sexta-feira e ele me contou um relato de pessoas ligadas à seleção brasileira que pra essa turma que se acha consagrada, que tá num patamar bom, vestir a camisa da seleção pós-7 a 1 tem sido um peso, fardo quase."

 

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