Apresentadora do Sportv relembra início e diz que preconceito quase acabou

Janaina Xavier, apresentadora do "Planeta Sportv"/Divulgação

Há 11 anos na Sportv, Janaina Xavier, 38 anos, já passou por vários desafios profissionais. À frente há quase um ano do "Planeta Sportv", a jornalista agora divide as atenções do programa diário com os preparativos para a transmissão das Olimpíadas.

"Vai ser um ano muito especial para gente. O Sportv está preparando uma cobertura inédita, com 16 canais para transmissão. A gente vai ter que ralar muito para dar conta, é um desafio gigantesco que vamos lidar", prevê ela, que faz parceria com Edgar Alencar no vespertivo do canal esportivo. "É um programa legal de fazer, com conteúdo diferente, que foge do estereótipo do programa esportivo. Espero que tenha vida longa".

Aos 38 anos, Janaina está no jornalismo esportivo há 20 deles. E conta que muita coisa mudou desde que estreou na área, no CNT do Paraná. A jornalista aponta que a questão da mulher na cobertura do esporte, sobretudo no futebol, hoje é tratada com mais naturalidade.

"Na época que eu comecei tinha até mais preconceito. Era muito mais difícil encontrar uma mulher", comenta. "Acho que hoje isso quase que acabou. Você vai para uma cobertura e está muito mais equilibrado. Acho que os jogadores estão mais habituados com a presença feminina".

Ex-repórter de campo, Janaina Xavier relembra que, quando começou, tinha que ficar presa na frente dos vestiários esperando "uma boa alma vir me atender" após os jogos.

"Não entrava, nunca entrei", diz ela, que conta que se valeu da postura para se firmar na área. "Acho que é uma questão de como você se comporta, para você entrar nesse universo masculino e ser aceita. Há meninas, quando estão começando, que ficam meio deslumbradas com o ambiente. Aí vem os homens que se encantam. Se ela não tem cabeça boa, se deslumbra. Junta-se aí à imaturidade, à falta de experiência."

Casada com o narrador da Sportv Luiz Carlos Jr, com quem tem uma filha, ela não vê como desafio manter um relacionamento no ambiente de trabalho. "A gente começou a namorar porque trabalhava junto. Hoje, somos uma família", simplifica.

Juliana Alencar
Do UOL, no Rio