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Planeta Extremo volta à Globo com direito a ataque de abelhas e terremoto

UOL Esporte

12/02/2016 06h32

As aventuras de Carol Barcellos e Clayton Conservani voltarão ao ar na Globo no próximo domingo, dia 14. A nova temporada do programa Planeta Extremo trará a dupla nas tradicionais aventuras radicais, mas também em uma situação de drama.

O terremoto vivido por Carol e Clayton durante uma expedição ao Nepal em 2015 será um dos principais motes da nova temporada. O evento é considerado inesquecível para eles.

"Do susto em que levamos na hora (é o que lembro), não sabíamos o que estava acontecendo. A estrada ficou congestionada num trecho muito perigoso, com deslizamento de pedras que acertaram vários carros. Saímos do nosso micro ônibus e corremos como loucos na estrada com medo de sermos esmagados pelos blocos de pedra. Depois disso testemunhamos a dor dos nepaleses. Mais de 10 mil mortos, famílias, casa e templos milenares destruídos", disse Clayton.

"Não foi um teste para o corpo, mas para o coração. Conhecemos ali uma dor muito maior que a física. Foi muito difícil para nossas famílias. Marcou a todos", afirma Carol. "Não vou esquecer nunca", completa.

Ao mesmo, foi justamente ali, no Nepal, que a dupla do Planeta viveu a experiência mais especial da nova temporada, com o episódio "Caçadores de Mel", gravado logo após o terremoto.

Crédito da foto: Globo/João Cotta

Crédito da foto: Globo/João Cotta

"Nessa temporada os telespectadores vão se impressionar com o ataque das maiores abelhas do mundo que sofremos também no Nepal. Foi a expedição que fizemos depois do terremoto. Tivemos que fazer um rapel de 90 metros por um penhasco onde estavam as colmeias vestidos como apicultores. Quando os caçadores de mel começaram a mexer nas colmeias elas ficaram furiosas e vieram pra cima da gente. Centenas de milhares de abelhas zumbindo e tentando te picar. Tanto eu como a Carol levamos várias picadas, mas mantivemos o controle. O montanhista Makoto Ishibe, que estava conosco, também foi atacado", fala Clayton.

"O lugar era lindo. E o povo nepalês tem uma beleza espiritual impressionante. Isso faz com que sejam fortes e corajosos. Foi inesquecível. Pra mim, o Nepal sempre será um lugar especial. Tenho muito admiração pelo povo nepalês. Me ensinaram o que é coragem de verdade. Nos mostraram como ser solidário, manter seus valores e a espiritualidade, mesmo enfrentando um momento tão difícil. É o povo com alma e coração mais bonitos que já conheci. Foi especial gravar ali depois de tudo que aconteceu. Comemorei meu aniversário lá", lembra Carol.

Outro episódio citado por ambos como pesado é a ultramaratona que encararam no Deserto do Atacama.

"Foi a tarefa mais difícil. Pés machucados, bolhas, frio intenso, altitude no deserto mais seco do planeta. A parceria com a Carol foi fundamental para seguirmos até o fim. Cada hora um era o psicólogo do outro durante as longas etapas", finaliza Conservani.

Globo/João Cotta

Globo/João Cotta

Como são os bastidores do Planeta Extremo? Eles contam

Carol

"Clayton e eu somos amigos, antes de tudo, mas claro que já discutimos e descordamos, às vezes, tudo normal. Temos muito carinho e respeito um pelo outro, sei que posso contar com ele e ele comigo. Mais do que isso, existe admiração na nossa relação. O Clayton será sempre muito especial pra mim. Já passamos por muita coisa juntos e acho que essa sintonia passa naturalmente para quem assiste. Não tem como ir para os lugares que a gente vai sem ter harmonia na equipe. A exaustão mexe com todo mundo, nos deixa mais sensíveis, nervosos. O curioso é que, com a gente, acontece o contrário. Quando estamos num momento difícil, pesado, nos entendemos ainda melhor. Vai saber. Acho que é porque, no fundo, os dois se sentem felizes vivendo no extremo

No Atacama, ele nunca queria acordar. Era o último da barraca a se levantar. Sempre pedia mais 10 minutos, que nem criança para ir pra escola. E a gente sempre largava na correria. Saía enfiando tudo na mochila que nem louco. Quando tenho que parar no caminho, no meio do mato, para fazer xixi e tal, sempre rola uma dificuldade para concentrar, porque ele fica gritando e me zoando o tempo inteiro. O Clayton é muito figura. Sem contar os apelidos. Na maratona da Amazônia, ele começou a me chamar de Beyonça. Porque diz que sou brava demais

Sei que ele tem a preocupação de me proteger de todas as formas. Eu tento, mas é difícil conseguir cuidar dele. Normalmente, ele não aceita muito. O Clayton me passa confiança, pela experiência e por apostar em mim"

Clayton

"Ela tem uma determinação impressionante. Quando se propõe a fazer algo, sai de baixo. A bichinha é indigesta. Ela é bem mais disciplinada do que eu. Nas reportagens que fizemos juntos, a garra e o coração que ela coloca na missão fazem toda a diferença

Chamo a Carol de Beyonça, vespa, e outros bichos mais. Ela é brabinha, mas tem coração mole como eu. É porque, quando se passa sete dias no deserto, sem tomar banho, dormindo no chão, você passa a conhecer o outro na essência, né?"

Leandro Carneiro e Rogério Jovaneli
Do UOL, em São Paulo

Crédito da foto: Globo/João Cotta

Crédito da foto: Globo/João Cotta

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