Locutor da ESPN é trocado por 'vozes comuns' e deixa emissora após 21 anos
Voz padrão da programação da ESPN Brasil há 21 anos, desde os tempos que o canal se chamava TVA Esportes, Antônio Viviani foi dispensado pela emissora no fim do último mês. Segundo o profissional, a justificativa foi a opção da emissora por "vozes comuns" nas chamadas, para passar maior informalidade.
"Dia 29 me chamaram para uma reunião e comunicaram que, baseados em pesquisas de mercado que a agência de publicidade deles, a África, vinham fazendo, optariam por vozes diferentes, vozes femininas e de pessoas comuns, não de profissionais [de locução]. Talvez de ator, atriz, para passar uma informalidade. Deram uma explicação técnica. Se isso vem de outros escalações, corte de verbas, não foi citado", disse o Viviani ao UOL Esporte.
"Fiquei um tanto quanto estupefato com a constatação de que as pessoas que tomaram as decisões não conhecem minha capacidade de trabalho. Simplesmente acompanharam a ideia que a agência África passou. Gostaria de deixar claro que, modéstia à parte, sou um locutor versátil. Em questão de versatilidade, poderia fazer o que fosse colocado, vários tipos de entonações, e dentro disso me sairia bem", defendeu o locutor.
Viviani contou que não foi demitido, mas sim que a emissora optou por não renovar seu contrato, que venceu no dia 30 de novembro. Nesta data, gravou sua última chamada para a ESPN, sobre a final da Copa do Brasil entre Palmeiras e Santos.
O locutor se disse feliz com as manifestações de carinho que recebeu em sua saída. "Muitas pessoas ligaram, entre elas o Trajano. Na verdade, eu que liguei para ele. Trajano achou estranho o posicionamento da emissora", conta. "Minha história começou bem e terminou extremamente bem. Da minha parte", afirmou.
"Acho que pontuar uma programação em algumas coisas com vozes diferentes faz sentido, mas a emissora tem que ter uma voz padrão, que padroniza a emissora", opinou Viviani.
Procurada pelo UOL Esporte para falar sobre a saída do locutor, a emissora limitou-se a dizer que "a ESPN não comenta questões relativas a mudanças de talentos."
Por Rogerio Jovaneli
Do UOL, em São Paulo
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