Caio diz que "6 a 1 não é um acaso" e critica São Paulo: "time apático"
Atual comentarista da TV Globo, mas assumidamente bastante apaixonado pelo São Paulo Futebol Clube, seu time de coração e onde iniciou desde a base, Caio Ribeiro desabafou no Bem, Amigos sobre o que vê de errado no Tricolor dentro e fora de campo. Para ele, a goleada por 6 a 1 sofrida do Corinthians no domingo não é acidente.
"Vou me prender ao que acontece fora do campo e muitas vezes o resultado se paga dentro. O 6 a 1 não é um acaso, é um retrato da administração dos dois clubes", iniciou, para então comparar as realidades dos clubes.
"O Corinthians soube se organizar administrativamente e estruturalmente, a ponto de dar toda a confiança e condições de ter o melhor jogador da competição, o Renato Augusto, que vinha de uma série de lesões e hoje encontrou uma estrutura onde ele só se preocupa em jogar bola. Já o São Paulo, administrativamente, vem do terceiro mandato do Juvenal [Juvêncio, ex-presidente] onde ele arrebentou o clube financeiramente, do mandato do Aidar onde ele continuou fazendo uma série de bobagens e trouxe o São Paulo mais para uma manchete de denúncias do que de méritos esportivos, aí assume o Leco e o que ele faz? Traz de volta todo o pessoal responsável por esse elenco. Então o São Paulo precisa repensar a sua existência, repensar a sua camisa e o respeito que tem com os torcedores", declarou.
Galvão Bueno, comandante da atração do Sportv, foi quem convidou Caio a tentar explicar o vexatório resultado adverso no clássico. Notando o tom do desabafo do ex-jogador comentarista, o narrador quis saber se o que falava ali era do coração, até pela história e toda a identificação com o time do Morumbi.
"Falo [com o coração] e chateação de ver o rumo, o momento que o clube se encontra, um clube que me possibilitou abrir as portas para realizar o meu sonho de ser jogador de futebol", complementou o depoimento.
Caio ainda falou sobre o que o incomoda dentro de campo no São Paulo e questionou o perfil do atual grupo de jogadores.
"A derrota faz parte, já perdi, já tomei goleada. Agora, a derrota tem que doer, tem que significar sair da zona de conforto, uma revolta. Não pode ver o São Paulo disputar 14 clássicos, perder nove, empatar três e ganhar somente dois, tendo sido goleado pelo Corinthians, pelo Santos, pelo Palmeiras e isso não provocar nenhum tipo de mudança de atitude."
"Tem a ver com o perfil de grupo e a reconstrução do São Paulo passa exatamente por isso. O São Paulo é um time apático, que não tem poder de reação, que a derrota não incomoda, não dói. Mais do que análises técnicas e táticas, existe uma coisa comportamental de perfil de grupo que eu acho que é esse o ponto a ser atacado para a próxima temporada", finalizou.
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