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Sinceridade de Levir sobre 'jogador grosso' do Atlético incomoda Capita

UOL Esporte

24/08/2015 11h28

Carlos Alberto Torres (Crédito: SporTV/Reprodução)

Carlos Alberto Torres (Crédito: SporTV/Reprodução)

A incomum declaração sincera de Levir Culpi sobre seu volante Leandro Donizete – quando o elogiou pela aplicação e atuação neste domingo, mas fez a ressalva de ser um jogador "meio grosso" e "caneleiro", segundo suas palavras – acabou não sendo bem recebida pelo ex-jogador comentarista do SporTV, Carlos Alberto Torres.

"O Levir é meu amigo, gosto muito dele, mas não é por isso que vou concordar com tudo que falam. Eu não concordo com isso [que é mais fácil fazer um craque marcar que um caneleiro jogar], porque o futebol está evoluindo. A Copa do Mundo tá recente, nós vimos. Nós não aprendemos a lição. Pra maioria desse pessoal que tá comandando futebol, continua tudo igual, mas tecnicamente tá um passo à frente, outro atrás", iniciou a sua crítica no programa Troca de Passes.

"O futebol de algum tempo é: quando você tem a posse da bola, sai todo mundo para o jogo, quando eles tem a posse de bola, todo mundo volta para marcar. Essa e a mentalidade. Não concordo com o Levir que o jogador dele é grosso. Ele tem que ensinar o jogador a jogar bola, jogar futebol: 'ô Leandro Donizete, quando nós tivermos a posse de bola, sai pro jogo, meu amigo'. Tem que concientizar o jogador dele", finalizou.

Na declaração que motivou a discordância do Capita, o super sincero Levir Culpi admitiu não apreciar muito o estilo de jogar do seu volante, mas reconheceu a eficiência e progresso do atleta para ir além da marcação e também sair para o jogo.

Confira o que disse o treinador do Galo na entrevista coletiva:

"Gostaria de fazer um elogio publicamente para o [Leandro] Donizete. Não gosto muito do estilo dele de jogar, acho meio grosso. Ele é um cara eficiente, um volante que para determinado sistema tático é ótimo, com a pegada que tem. Mas ele não tem ou não tinha uma qualidade para entregar as bolas e sair jogando. Hoje ele fez de tudo o que era possível: deu caneta nos caras, saiu driblando, ele participou do gol. A marcação é a mesma, porque ele é ótimo na marcação, então gostaria de fazer um elogio nesse sentido, porque acho mais fácil fazer um jogador técnico marcar do que fazer um caneleiro como ele jogar. Mas ele teve coragem e não teve medo de errar, saiu pro ataque também e eu fiquei muito feliz."

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