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Fabi leva jeito elétrico para a Globo e cadeiras sofrem: "Sou torcedora"

UOL Esporte

02/07/2015 06h00

Bicampeã olímpica e heptacampeã da Superliga feminina. O currículo da líbero Fabi a coloca como uma das melhores jogadoras de sua posição no mundo. E antes mesmo de abandonar as quadras, ela já iniciou uma nova carreira.

Desde 2014, Fabi tem feito parte da equipe de comentaristas da Globo, dividindo o posto com Tande e Giba. Conhecida por seu jeito elétrico dentro da quadra, a atleta levou essa sua característica para a televisão, para o sofrimento das cadeiras.

"Realmente é muito difícil me controlar. Me pego, algumas vezes, chutando cadeira e comemorando baixinho. Mas isso faz parte, pois além de vivenciar tudo aqui bem de perto, sou uma torcedora fanática", disse a atleta em entrevista exclusiva ao UOL Esporte.

"Muito difícil não me envolver e acho que isso jamais irei conseguir. Mas o importante é estar atenta às informações", completa.

O convite para Fabi não demorou muito para aparecer. Logo após a líbero anunciar que estava de saída da seleção brasileira, ela foi procurada para dar início a essa empreitada.

"Algumas pessoas já haviam me dito anteriormente para pensar em ser comentarista quando parasse de jogar, mas nunca tinha levado a sério", afirma.

O problema dessa nova carreira sem abandonar o vôlei é a relação com as atletas. Fabi admite que sofre com as brincadeiras das antigas companheiras que precisa criticar agora.

"Elas brincam muito. Dizem que se eu falar mal elas vão me matar. Mas faz parte. Preciso fazer meu papel. Elas estão jogando muito bem e isso contribui para que meus comentários sejam bons também", brinca a comentarista, que garante que mantém contato com as atletas e que a amizade não muda.

Fabi diz que ainda está tentando se acostumar com as câmeras, pois jogar vôlei é "muito mais fácil". Para isso, ela faz uma preparação com uma fonoaudióloga.

Apesar de toda essa dificuldade e dar saudade de defender a seleção, a líbero não se arrepende dessa nova carreira.

"Acho que a vontade de estar na seleção será eterna. Mas é saudade boa, dos bons momentos vividos, que serão inesquecíveis. Não se trata de arrependimento. A seleção está em boas mãos e a sensação de dever cumprido me deixa tranquila", fala.

Hoje, ela divide as transmissões com o ex-jogador Tande, que começou como comentarista e chegou a apresentar o Esporte Espetacular.

"O Tande é um grande exemplo pra mim. Mas uma coisa de cada vez. Quero fazer um bom papel como comentarista. Esse é meu objetivo no momento", finaliza.

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