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Chico Lang e Mauro Beting ensinam como trolar o ex-chefe com bom humor

UOL Esporte

02/04/2015 06h00

Você sempre teve vontade de fazer uma brincadeira com seu chefe, mas nunca teve coragem? Então uma história envolvendo Mauro Beting e Chico Lang é perfeita para você. Mauro, mais novo, foi "revelado" no jornalismo esportivo por Chico. Mas, durante uma comemoração de título do Palmeiras, a tentação de brincar com o ex-patrão falou mais alto. Palmeirense, Mauro puxou o tradicional grito de "Chico Lang, v…", ao vivo, no programa de Chico. Sorte que ele estava disfarçado…

Em 1996, o Palmeiras foi campeão paulista, com mais de 90% de aproveitamento e um ataque espetacular, que superou os 100 gols na competição – feito conquistado por um ataque que tinha Djalminha, Luizão, Rivaldo e Muller…

No jogo que valeu a conquista antecipada (o alviverde ganhou os dois turnos), o Palmeiras venceu o Santos no antigo Palestra Itália por 2 a 0. Após comentar a partida pelo SporTV, Mauro foi até o banheiro do estádio e trocou de roupa: saíam os trajes sérios de comentarista, entravam o verde e branco do torcedor. Com um detalhe: uma máscara verde de esqui, daquelas que só deixam os olhos à mostra.

"Quando eu saí do banheiro, comecei a abraçar todo mundo. Abracei o Serafim del Grande, que era vice-presidente do clube, o Valdir Joaquim de Morais… Todos se divertiam quando eu tirava a máscara", lembra.

O mais engraçado, porém, veio na comemoração do título na Avenida Paulista. Naquela época, o ponto de encontro para as festas de torcida era o escadão da Gazeta. E o Mesa Redonda, tradicional debate esportivo, costumava fazer entradas ao vivo com os torcedores, aproveitando a concentração de pessoas em frente ao prédio em que era gravado. Naquele dia, o eleito para fazer o ao vivo era o repórter Luis Henrique Gurian.

"Quando o Gurian entrou, eu e meus amigos ficamos atrás, fazendo as micagens que todo torcedor faz. Foi aí que eu comecei a puxar o coro de 'Chico Lang, viado…' Rapidamente, todo mundo estava cantando. O Gurian, coitado, devolveu para o estúdio dizendo que o Chico estava sendo homenageado", conta Mauro.

"O Mauro nunca me contou isso. Mas eu acho engraçado. Tenho o maior carinho por ele, até porque fui eu que o lancei como cronista esportivo. Ele estava perdido na economia quando eu o conheci e o coloquei para escrever sobre futebol. E eu sei dessa doença que ele tem, que é torcer pelo Palmeiras", diverte-se Chico.

A "homenagem" dos torcedores ao comentarista mais corintiano da TV paulistana começou em 1991, quando ele trocou a secretaria de redação da Folha da Tarde para ser comentarista do Mesa Redonda. Ele foi um dos primeiros comentaristas de futebol a declarar, abertamente, para qual time torcia. Inicialmente, sofreu críticas e ameaças. Hoje, é idolatrado nos estádios.

"Hoje, vou pouco ao campo. Mas quando vou, não me deixam em paz. E não são só os torcedores do Corinthians. Quando comecei a defender esse personagem, do corintiano, fui ameaçado de agressão. Agora, as pessoas se acostumaram e todas as torcidas cumprimentam, pedem para tirar uma selfie. Não sinto mais hostilidade. Os rivais até comentam que o clube deles deveria ter um torcedor como eu", completa.

Bruno Doro
Do UOL, em São Paulo

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