Lição de moral serviu para imprensa não estimular preconceito, diz repórter
Em uma transmissão ao vivo, um repórter precisa ter jogo de cintura para falar seu texto corretamente, ficar atento a problemas técnicos e ainda lidar com entrevistados, que podem ser imprevisíveis. No ar pela ESPN Brasil antes do clássico entre Palmeiras e São Paulo, nesta quarta-feira (25), Gabriela Moreira foi surpreendida por uma expressão homofóbica de um torcedor. E não perdoou. Em entrevista ao blog, ela explicou o porquê.
Na entrevista, um torcedor palmeirense previu: "a expectativa é a gente ganhar dos bichas hoje, 2 a 1 para o Palmeiras". E ouviu uma lição de moral da jornalista.
Gabriela prefere não dar entrevistas, para não virar notícia em cima do caso. Mas aceitou explicar o porquê de sua postura firme naquele momento, que teve dois pontos.
"Pessoalmente, eu agi de forma natural, de acordo com o que acredito. Profissionalmente, eu reagi porque a imprensa não pode ser instrumento e veículo de qualquer tipo de preconceito", afirmou Gabriela.
Ela admitiu que a reação não é fácil, ainda mais ao vivo, mas se mostrou tranquila de que tomou a decisão correta. " Na hora é uma decisão difícil a se fazer, mas agi assim respeitando esses dois pontos."
No ar pelo Bate-Bola, a bronca de Gabriela gerou rapidamente uma enxurrada de comentários nas redes sociais, já que o puxão de orelha não foi dos mais sutis. "Rapaz, vou te falar uma coisa, não sei se vai ganhar. Mas com esse bicha? Não a homofobia, né? Você tem quantos anos? Por favor, vamos tentar modernizar este pensamento", disse ela.
A atitude ganhou elogios do apresentador João Carlos Albuquerque, na volta ao estúdio. "Gabi, você é demais! Receba um beijo pela sua intervenção. Coitado do rapaz, tomou uma invertida", afirmou o jornalista da ESPN.
Maurício Dehò
Do UOL, em São Paulo
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