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Datena diz que bebia mais do que Sócrates: “deveria ter morrido antes dele”

UOL Esporte

17/01/2015 23h17

datenaMorto em dezembro de 2011, o ex-meia Sócrates foi o principal assunto da entrevista que José Luiz Datena concedeu ao Fox Sport e que foi exibida na noite deste sábado. Entre elogios ao amigo pessoal e ex-jogador de Corinthians, Flamengo e Santos, o apresentador da TV Bandeirantes afirmou que bebia muito mais que ele e que, não fosse um tumor no pâncreas, teria morrido antes.

"O Magrão (apelido de Sócrates) foi o cara mais genial que eu vi na minha vida, dentro e fora de campo. Era pra eu ter morrido antes dele. Não fosse o tumor no pâncreas, que foi descoberto a tempo e era benigno, eu teria continuado a beber. Isso foi há anos. Eu bebia muito mais que o Sócrates. O Magrão só tomava cerveja. Eu bebia o que tinha pela frente. Era pra eu ter morrido antes do Magrão", disse Datena, emocionado.

Datena operou o pâncreas e retirou o tumor em 2006. Além disso, toma medicação para controlar diabetes e pressão alta. Sócrates, um amigo desde a adolescência – os dois jogaram juntos nas categorias de base do Botafogo de Ribeirão Preto, embora fossem de idades diferentes – morreu em 2011 após falência múltipla dos órgãos. Ele vinha de seguidas internações por complicações decorrentes do abuso de álcool.

Datena afirmou que frequentemente bebia com Sócrates. Ele citou, por exemplo, caminhadas que fazia com o ex-jogador em Ribeirão Preto. "A gente saía de casa às 16h, chegava no Pinguim (choperia) às 17h e ficava tomando até as 5h da manhã. Minha mulher até disse: meu bem, para de sair nessas caminhadas porque você está engordando. A gente tinha que voltar de taxi. Eu voltava prejudicado", relembrou.

O apresentador da TV Bandeirantes ainda lembrou dos tempos de repórter de campo, em meados da década de 90, quando o acesso aos jogadores era mais aberto. "Eu já saí na porrada com alguns. Na porrada. Isso eu não quero nem lembrar, já foi. Eu era muito moleque. Agora estou mais tranquilo", contou.

"Tem um cara, que hoje é um grande amigo meu, nós só não brigamos por causa de uma grade que tinha lá. O Ronaldo (Giovanelli), o goleiro. Ainda bem, porque ele ia me amassar. Ele foi pra cima de mim e eu pra cima dele. Eu pedi para dar entrevista, ele respondeu que não e eu não admiti. Eu achava que ele tinha que falar. A gente estava ali para fazer o espetáculo. Mas eu era meio esquentado. Foi no Morumbi isso. Eu ficava atrás de uma grade, e ele do outro lado. Parecia coisa de louco", disse Datena, aos risos.

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