Galvão só critica Felipão aos 45 do 2º T e cobra 'transformação urgente'
Quem acompanha a seleção brasileira pela Globo deve ter se surpreendido com a narração da partida válida pelo terceiro lugar da Copa. Depois de quase dois anos de muitos elogios e leves reparos a Luiz Felipe Scolari, Galvão Bueno finalmente se sentiu à vontade para criticá-lo duramente.
A revolta do narrador não se esgotou nos 90 minutos do jogo. Em intervenção no "Jornal Nacional", ele pediu uma "transformação urgente" na seleção brasileira:
"Nos últimos dois (jogos), enfrentamos seleções do nosso nível, sócias do clube (das grandes seleções), e os resultados nos deram a certeza que a seleção brasileira precisa urgentemente de transformação, tática ou na forma de trabalhar", disse Galvão, usando a Alemanha como exemplo a ser seguido.
"Melhor forma (de mudança) seja ter a Alemanha como inspiração. Eles, já tricampeões, entenderam que não seria vergonha recomeçar, fazer um novo trabalho que trouxesse de volta ao topo", completou.
Nem mesmo durante o chocante 7 a 1 da Alemanha, Galvão foi tão incisivo em sua avaliação quanto na tarde deste sábado. A crítica mais pesada, repetida várias vezes, dirigiu-se à explicação que o técnico havia dado para a goleada ("Foi um apagão de seis minutos"). Galvão insistiu: "Não foram seis minutos de apagão. O jogo de hoje comprova isso", disse.
O narrador também lamentou o fato de Felipão não ter, à maneira de outros treinadores, promovido treinos fechados durante a fase de preparação para a Copa. Também disse que faltou treino à equipe.
O comentário motivou, no Twitter, a lembrança que a própria Globo, por meio do programa de Luciano Huck, interrompeu um treinamento da seleção para fazer uma gravação.
Encerrada a partida, Galvão voltou a criticar Felipão, depois que uma câmera mostrou o técnico falando um palavrão em direção ao árbitro da partida. "Não era o momento para o Felipão dar bronca em juiz", cornetou o narrador.
Acho que Galvão tem todo o direito de criticar Felipão e quem mais ele quiser. O que surpreendeu, neste caso, foi a súbita mudança de postura. Como bom narrador que é, duvido que ele só tenha descoberto agora que esta seleção tinha problemas sérios.
Mauricio Stycer
Do UOL, no Rio
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