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Corneta, sofrimento e euforia. Galvão tem narração dividida em 3 fases

UOL Esporte

28/06/2014 16h01

O narrador Galvão Bueno viveu três fases durante os 120 minutos das oitavas de final da Copa do Mundo, quando o Brasil venceu o Chile nos pênaltis após empate por 1 a 1. Primeiro, ele cornetou a arbitragem, depois, sofreu com o empate e, por último, ele foi ao delírio com a classificação.

A corneta começou com a queda de Hulk na área. Tanto Galvão como Arnaldo cravaram que o atacante brasileiro foi derrubado e que Howard Webb deveria ter marcado pênalti.

No entanto, o auge das reclamações com o juiz aconteceu no segundo tempo. Após Hulk dominar a bola no braço e fazer o gol, a arbitragem anulou o lance. Galvão reclamou que a bola acertou o ombro, a manga da camisa, e não teria tocado na mão do jogador.

Depois de um choque entre Daniel Alves e Pinilla, já na prorrogação, o narrador voltou a criticar o juiz. "Arnaldo, é uma péssima arbitragem de um juiz da final da Copa do Mundo. Péssimo Howard Webb", disse.

Webb foi esquecido com a possibilidade dos chilenos virarem a partida contra o Brasil. "Fecha, fecha, fecha", narrou o locutor em um lance de perigo da seleção do Chile.

Ao começar o segundo tempo da prorrogação, Galvão soltou seu tradicional bordão para momentos de tensão: "prepare seu coração!", anunciou. "O jogo é nervoso, o jogo é dramático", disse já com a bola rolando.

No final da prorrogação, o nervosismo do narrador se transformou em uma bronca. "Thiago, não é o momento de baixar a cabeça. É o momento de mostrar firmeza!", reclamou, ao ver o capitão brasileiro sendo consolado por Paulinho.

A empolgação começou a tomar conta quando Júlio César defendeu os dois primeiros pênaltis.  "O Júlio fez o gol dele na Copa do Mundo", falou após a primeira batida.  "É Júlio! É Júlio! É Júlio! É Júlio César do Brasil! Se agiganta Júlio César, que espetáculo!", repetiu.

Após a conquista da vaga, ficou evidente a euforia de Galvão, que chegou a perder sua voz rouca na comemoração. "O Brasil vai para Fortaleza! Vamos todos para Fortaleza! Que todo mundo beije Júlio César! Com Colômbia, com Uruguai, venha quem vier!", gritou.

"A voz faltou porque me emocionei", admitiu na sequência. "Quando o Jefferson e o Victor foram abraçar o Júlio César (fica em silêncio por alguns segundos). O Victor deu uma medalhinha que ele usou na Libertadores, quando defendeu os pênaltis no Atlético-MG. Nesta hora vale tudo", completou.

"Eu tenho dez Copas do Mundo narrando, esses caras (Ronaldo e Casagrande) tem Copa do Mundo jogando, o Arnaldo apitou final de Copa do Mundo… Mas eu vou dizer uma coisa… Pode chorar, pode fazer o que quiser. O Ronaldo desabou! Que tenha sido hoje Casa… Olha os olhos do Casa!", relatou Galvão Bueno, desconcertado.

 

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