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Jornal Nacional na Granja tem Galvão ‘reclamão’, dancinha e Poeta simpática

UOL Esporte

05/06/2014 06h00

Após iniciar sua nova fase lado a lado da seleção na última segunda-feira, o Jornal Nacional deu a largada para a temporada na Granja Comary na noite de quarta. Em um local improvisado e apertado nas arquibancadas que acomodam a imprensa durante os treinos, cerca de 20 profissionais trabalhavam desde o final da tarde para colocar o principal noticiário da TV Globo no ar. As duas grandes estrelas, no entanto, só chegaram minutos antes da primeira entrada ao vivo.

Simpática, distribuindo sorrisos e cumprimentando a todos que cruzavam seu caminho, Patricia Poeta chegou ao local por volta das 19h50. Ao lado de dois produtores, seguiu até o ponto de trabalho, onde retocou rapidamente a maquiagem, fez um último ajuste no penteado e gravou a escalada do jornal.

Às 20h08, foi a vez de Galvão Bueno. Com um semblante mais fechado e cercado por duas pessoas que carregavam casacos e outros pertences, o narrador símbolo da emissora passou rapidamente e assumiu seu posto. E bastou que se iniciassem os primeiros testes para que ele deixasse escapar o lado "reclamão" que daria o tom do programa por trás das câmeras.

"Estava tão legal lá em Goiânia. Agora temos um trambique desse tamanho. Incomoda isso", disse, referindo-se ao ponto de ouvido que o atrapalhava.

Imediatamente, Poeta tentava ajudar o companheiro. Sem sucesso, no entanto.

Na primeira chamada de Willian Bonner, que ancorou o programa do estúdio, no Rio de Janeiro, os dois brincaram com a "bufada" na edição de segunda-feira. Um rápido momento de descontração que arrancou risadas dos produtores, câmeras e operadores por perto.


As reclamações de Galvão Bueno voltaram na sequência. Sem conseguir se entender com o ponto de ouvido, ele esbravejava também por causa de outros equipamentos de som. "Não estou entendendo nada disso aí. Vão me derrubar".

Com sorriso no rosto e interações com Bonner, Patrícia tentava cativar os telespectadores e não deixava os problemas aparecerem na tela. Ao lado da apresentadora, o narrador conseguia se descontrair.

Numa das pausas da dupla, Galvão se incomodou com sua gravata. Apontou para o nó e uma integrante da equipe do JN foi rapidamente arrumar.

"Eu deveria estar fazendo essa daqui", voltou a reclamar Galvão, dessa vez se referindo a uma das notas lidas durante o programa.

Entre uma pausa e outra, Patrícia tomava água num copo plástico. Galvão, um gole só, mas no gargalo de uma garrafinha plástica, e limpava a garganta constantemente. "Pega aquele bagulhinho pra mim", ordenou Galvão e, em seguida, recebeu um spray que usou na garganta.

E tome reclamação de Galvão. "Tá muito baixo, ô Ávila", queixou-se o narrador e apresentador, referindo-se a voz de alguém em seu fone de ouvido.

Quando a dupla foi avisada que a próxima entrada seria em quatro minutos, Patrícia comemorou. Seu colega relaxou, fez uma dancinha mexendo os ombros.

E mais um pedido de Galvão mobilizou a equipe. "Quanto foi o jogo? Alguém pode me dizer o que aconteceu nesse jogo, pô?", disse ele referindo-se ao duelo entre Argentina e Trinidad e Tobago. Provavelmente informado por alguém pelo fone de ouvido, ele entrou no ar em seguida dando detalhes da partida.

E ainda deu tempo para mais um pedido de Galvão. "Meu Deus, alguém me ajuda. Qual o nome da mulher do Oscar?", perguntou.

No final, mais reclamações. Mas desta vez o problema não era com o equipamento e sim com a natureza. Após "sofrer" durante todo o programa, Galvão desabafou: "Meu Deus, que frio".

De fato, a temperatura no local beirava os 10 graus. Somado a isso, a dupla ainda ficava de costas para o campo e sofrendo com o vento gelado que tornava o frio mais intenso.

Assim que a edição foi encerrada, Galvão conversou com os produtores para tentar uma solução. "Que frio, p…. Preciso de um casaco maior. Ou vou usar este meu mesmo. Acham que dá para colocar um escudo [logo da Globo] aqui sem estragar?  Ou não sai mais? Não vou estragar um p… de um casaco. Mas preciso ver isso [frio]", disse.

Mas nem tudo foi reclamação. Com as câmeras desligadas, o narrador ouviu uma salva de palmas da equipe pelo sucesso técnico da edição e bateu na mão do cinegrafista José Carlos Mosca, companheiro de anos. "Boa, garoto".

Logo depois, antes de se deslocar em direção ao carro que o aguardava, escutou a promessa dos produtores que o problema seria resolvido.

Enquanto o narrador saiu calado, Patrícia Poeta foi embora cumprimentando a todos, mostrando a mesma simpatia exibida numa churrascaria da cidade na qual almoçou e posou para fotos com funcionários.

Sempre ao lado de Galvão, Poeta também se dirigiu para um pátio de caminhões de transmissões ao lado de onde os carros estavam estacionados. Um para cada estrela.

Luiza Oliveira, Pedro Ivo Almeida e Ricardo Perrone 

Do UOL, em Teresópolis (RJ)

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