Fátima esquece de falar ao microfone, mas Felipão salva "Encontro" ao vivo

A Globo iniciou nesta segunda-feira (26) a cobertura da Copa do Mundo em grande estilo. Fátima Bernardes, uma das estrelas das manhãs da emissora, levou seu "Encontro" para a Granja Comary. A ocasião era especial: era seu programa de número 500.

Carismática, a ex-apresentadora do Jornal Nacional conseguiu colocar o técnico da seleção, Luiz Felipe Scolari, ao vivo em um dos blocos. E nem mesmo alguns erros técnicos da própria Fátima acabaram com o bom humor do treinador.

Enquanto Felipão e o coordenador Carlos Alberto Parreira faziam uma inspeção nos campos da Granja Comary, Fátima, ao vivo, acenou e gritou para a dupla, que gentilmente se dirigiu ao local em que o programa era transmitido. O problema é que ninguém parecia muito preparado para uma entrevista surpresa, à beira do campo.

Experiente, Fátima começou a entrevista esquecendo de direcionar o microfone que usava à própria boca, deixando o apontado para Felipão. Com isso, os telespectadores acabavam alheios ao que estava sendo perguntado. Por três vezes, ela pediu desculpas, antes de justificar: "Estou com um só microfone. Normalmente, fico no programa com aquele da orelha e não preciso voltar para a minha direção. Aqui não, só com um…", disse a apresentadora, que voltaria a cometer esse erro mais uma vez.

Fátima também cortou uma resposta de Felipão ao perceber a presença de Murtosa. "Oi, Murtosa, tudo bem?", disse a apresentadora. Mas o técnico da seleção brasileira não pareceu se incomodar, e elogiou bastante a entrevistadora: "A Fátima continua maravilhosa".

O trio mostrou intimidade quando Fátima mostrou as camisas que tinha com as assinaturas dos jogadores (e treinadores) das seleções campeãs em 1994, com Parreira, e 2002, com Felipão. Entre sorrisos e gentilezas, ela levou a comissão técnica para cumprimentar outros convidados do programa, que estão em uma área da Granja Comary.

Confira os principais trechos da entrevista de Felipão a Fátima:

Preparação dos jogadores

"Mapeamos tudo, para ter uma ideia geral de uma série de detalhes. Fizemos a análise com o doutor Runco, da parte médica, e com o Paulo Paixão. E vamos terminar com parte técnica, para fazer um trabalho diferente. Alguns deles jogaram um número bom de jogos, tem condições físicas boas, mas cada musculatura reage de forma diferente. Temos de ter cuidado nos primeiros 10 dias, para ter tranquilidade depois."

Experiência

"A gente fala muito em experiência, mas também em jovialidade. Mas quem já teve em uma Copa do Mundo, pode falar que já vivenciou, que já sabe o que é, não tem novidade. Os novos, não. Eles têm aquela garra maior. Mas temos uma mescla e vimos que não vamos sentir muito essa falta de vivência. Eles são experientes, jogam no exterior, decidem grandes campeonatos na Europa sempre."

Trabalho da psicóloga

"Ela não vai passar nada para a equipe. O que ela vai fazer é passar o perfil psicológico dos jogadores e da comissão técnica, para orientar como trabalhar com a equipe. Nos dias 30, 31, ela faz todos os testes e nos entrega o dossiê de como devemos nos comportar para ter uma equipe em boas condições."

Sobre a volta à Granja

"É uma sensação que não posso descrever como palavras. Pensei que não voltaria mais a dirigir a seleção, que não voltaria mais à Granja. E quando volta, vê o que foi feito e observa. Percebe a beleza, os alojamentos maravilhosos, as pessoas nos recebendo. E, em volta, vê as casas com alusões à Copa. É uma coisa que a gente sente e dá mais motivação para fazer o melhor e vencer."