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Arnaldo incentiva, Galvão muda de ideia e vê Neymar como vitória do futebol

UOL Esporte

17/11/2013 06h11

Neymar foi duramente marcado pelos jogadores de Honduras em amistoso realizado no último sábado, em Miami. O camisa 10 da seleção brasileira sofreu com faltas a ponto de o narrador Galvão Bueno, da TV Globo, sugerir que ele fosse substituído. Depois de uma intervenção do comentarista Arnaldo Cézar Coelho, porém, ele mudou de ideia e comemorou a "vitória do futebol" que a manutenção do astro representou.

No início do segundo tempo, quando o Brasil ainda vencia por 1 a 0, Galvão começou a reclamar do rodízio de faltas sobre Neymar e sugeriu que o astro fosse substituído para ser preservado. Nesse momento, Arnaldo interveio:

"Se o Neymar for substituído, será uma derrota do futebol", avaliou o comentarista de arbitragem.

A frase foi o suficiente para Galvão mudar de ideia. O narrador passou então a defender que Neymar tinha de seguir em campo. Depois, elogiou o técnico Luiz Felipe Scolari por ter substituído o camisa 10 aos 19min da etapa final.

"Se ele tivesse tirado o Neymar antes, realmente seria uma derrota do futebol. O Felipão fez bem em manter o Neymar em campo mais um pouco", enalteceu o narrador global.

Neymar, contudo, esteve longe de ser o jogador mais exaltado por Galvão no amistoso do Brasil contra Honduras. Os dois mais incensados pelo narrador foram Robinho e Bernard.

Robinho foi elogiado pela experiência e pela qualidade técnica. Depois do jogo, Galvão ainda aproveitou uma entrevista do repórter Tino Marcos com o jogador do Milan para perguntar se o atacante estava sendo tratado como "presidente da resenha".

"Eles me chamam de presidente porque eu sou mais experiente", respondeu Robinho, que fez muitos elogios ao grupo da seleção brasileira. Galvão explicou então que "resenha" é o termo usado pelos jogadores para definir as conversas nas concentrações.

Os elogios de Galvão a Bernard foram ainda mais contundentes: "Eu não tenho dúvidas de que esse menino vai fazer muito sucesso na Europa. Além de jogar muito, ele é o que você vê aí. É de uma humildade incrível".

Entre "presidentes de resenha", apelido que o mesmo Galvão já usou anteriormente com outros jogadores, e elogios desmedidos, a transmissão de Brasil x Honduras teve todo o repertório do narrador. Ele lembrou em pelo menos três momentos, por exemplo, que as imagens eram geradas dos Estados Unidos e que a Globo não tinha responsabilidade pelo excesso de replays.

Galvão também demonstrou surpresa com o show montado no Sun Life Stadium, em Miami. Didático, ele explicou que as luzes do local estavam apagadas porque isso fazia parte da cerimônia e que isso não era um problema.

Até as broncas em Arnaldo Cézar Coelho seguiram a liturgia de Galvão em jogos da seleção brasileira. O único momento que contrariou o tradicional foi quando o narrador falou sobre o programa "Altas Horas", apresentado por Serginho Groismann.

"Fico muito feliz por ter sido convidado para o programa especial de fim de ano do Serginho. Quer ir, Arnaldo?", questionou Galvão. "Ah, agora você manda no programa? Pode ficar convidando assim?", respondeu o comentarista. Nesse instante, a bronca mudou de lado.

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