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Árbitro tira Galvão do sério: “Não teve coragem de não dar o gol da Itália”

UOL Esporte

22/06/2013 17h54

O lance foi polêmico. Luiz Gustavo agarrou Balotelli, derrubou o italiano. As imagens mostraram o árbitro Ravshan Irmatov levando o apito à boca e apontando para a a marca do pênalti (na foto abaixo) – até mesmo o apito foi ouvido na transmissão. Na sequência, Chiellini marcou o segundo gol italiano.

Narrando Brasil 4 x 2 Itália na Globo, Galvão Bueno não perdoou o pênalti não marcado – mesmo que, se tivesse, provavelmente o já amarelado Luiz Gustavo tivesse acabado expulso. "O árbitro não teve a coragem de não dar o gol da Itália", reclamou o narrador.

Antes, ele já tinha duvidado das credenciais do juizão, principalmente por um motivo: ele é do Uzbequistão, país de pouca tradição no esporte. "Ele não parece preparado para um clássico como esse", falou. A resposta veio de Arnaldo Cezar Coelho, o comentarista de arbitragem, que listou os feitos de Irmatov para justificar que o juizão tinha, sim, capacidade para a partida.

Antes, Galvão já tinha cornetado, de maneira bem humorada, aliás, o atacante Hulk: "Talvez o Hulk da arquibancada tenha se mexido mais do que o Hulk em campo". A favor do narrador, porém, ele defendeu o paraibano quando foi vaiado na substituição. "Ele conquistou seu lugar na seleção".

Cronômetro do 2º tempo é novidade

Falando do lado técnico, quem assistiu ao jogo percebeu uma mudança: o cronômetro, no segundo tempo, começou zerado. Nas partidas anteriores, o segundo tempo começava aos 45 minutos, seguindo o padrão internacional.

Galvão fez questão de ressaltar a mudança: "Venho dizendo que todas as informações do placar, nos gráficos, vem da Fifa. A geração é da Fifa. E chamava atenção dos brasileiros que o tempo é agregado. Então, agora, estaríamos com 47 minutos. Mas, para que fique tudo como o brasileiro está acostumado, a partir de hoje vamos ter sempre o cronômetro começando do zero no segundo tempo. É o primeiro jogo em que isso acontece".

Na verdade, essa foi a segunda adaptação que a emissora carioca conseguiu fazer na transmissão da Fifa. A primeira tinha sido nos GCs (os termos que aparecem em legendas na tela). A Globo traduz todos para o português, com "técnico" no lugar de "Coach" ou "finalizações" para falar de "Shots", por exemplo.

Como comparação, a Bandeirantes, que também está mostrando o torneio, usa esses termos em inglês. A emissora paulista, no entanto, já tinha feito a mudança do cronômetro e, desde Brasil x Japão, seus telespectadores já acompanhavam o tempo de jogo como estavam acostumados.

Por contrato, as emissoras que exibem eventos da Fifa são obrigadas a seguir uma série de padrões técnicos, de forma a uniformizar globalmente as transmissões. Para fazer as adaptações, Globo e Bandeirantes precisaram de autorização da entidade internacional. O UOL Esporte Vê TV falou sobre o assunto aqui, antes da nova mudança global.

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