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Torcida "sufoca" repórteres, que fazem malabarismos para escapar de tumulto corintiano

UOL Esporte

04/12/2012 06h00

Se o Corinthians e seu elenco eram as grandes atrações da festa que a torcida alvinegra promoveu, não é exagero dizer que os repórteres de TV ocuparam o segundo lugar em termos de atração recebida. Com contato direto com o público, os jornalistas tiveram de fazer malabarismos para fugir de situações embaraçosas e sofreram bastante com a "síndrome da luz" que acometeu os cerca de 15 mil fanáticos que foram até Guarulhos saudar Tite e companhia, que embarcaram rumo ao Mundial de Clubes, no Japão.

O surto era simples. Na noite paulista, bastava a luz de uma câmera acender para que instantaneamente uma multidão se juntasse no local para berrar saudações, gritos e palavras de ordem sobre o Corinthians.

Para evitar um tumulto no saguão, a organização do aeroporto e o próprio clube encaminharam os torcedores para a entrada do portão 3, próximo da torre de controle, por onde passaria o ônibus alvinegro. Os fanáticos se acumularam como puderam no barranco, enquanto os repórteres podiam ficar seguros em uma área protegida por um modesto cerco policial, onde ficavam também os caminhões de TV para transmissão.

Mesmo assim, alguns repórteres se arriscaram. Vez ou outra, algum mais intrépido fazia uma incursão pela multidão e tinha de mostrar jogo de cintura para, ao vivo, lidar com toda a animação da galera. Os gritos ao pé do ouvido, os empurrões e as constantes interrupções certamente não ajudavam em nada no cenário.

Houve também quem fizesse exatamente o contrário, preferindo o isolamento total. Repórteres de alguns canais de notícias optaram por ficar em cima dos caminhões de transmissão, sem contato direto com o público. Apesar da altura incômoda, ainda tinham, de quebra, a visão mais geral da aglomeração que tomava conta da saída do aeroporto.

Só que a "paz" dos jornalistas foi quebrada quando o ônibus do Corinthians chegou. Como o cerco policial no local era modesto, os oficiais optaram por ceder à pressão dos torcedores e deixaram que eles dividissem espaços com os repórteres. A movimentação foi totalmente pacífica, mas pelo tumulto, vários profissionais correram com seus equipamentos para evitar qualquer contratempo.

Com a confusão formada, se fazer ouvir e ser visto era uma missão difícil. Para conseguir algum destaque na multidão, teve repórter tentando de tudo, até subir em um guardrail que separava o barranco da pista. A tática, é claro, não funcionou.

O apoio estreito exigia algum equilíbrio, e não demorou para que os torcedores percebessem a tentativa e também escalassem o local para tentar aparecer na TV.

Foto: Ronald Rios, do CQC, foi um dos que sofreram com a confusão (Crédito: Leonardo Soares/UOL)[uolmais type="video" ]http://mais.uol.com.br/view/14206299[/uolmais]

 

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