Globo evita Júlio César e enche a bola de Cássio em empate do Corinthians na Libertadores

Ricardo Zanei, em São Paulo

Foto: Reprodução de TV

Nem Corinthians, nem Emelec. O nome mais comentado na transmissão da Globo do jogo de ida das oitavas de final da Copa Libertadores foi Cássio, o novo goleiro corintiano. Júlio César praticamente não foi citado, mas seu substituto fez sucesso e recebeu uma série de elogios no empate sem gols no Equador.

A emissora contou com quase força máxima, mas, curiosamente, poupou seu arsenal. Cléber Machado fez uma longa introdução sobre a partida, enquanto o repórter Mauro Naves entrevistou Tite ao vivo à beira do gramado e sentiu o "clima de Libertadores". Ao contrário de todas as outras transmissões globais, os comentaristas – Casagrande, Caio Ribeiro e Arnaldo Cézar Coelho – só deram seus prognósticos com cerca de 3min de bola rolando.

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Viva, Cássio!
Qualidade técnica e resultado à parte, o jogo teve um nome: Cássio. Se na primeira etapa ele pouco apareceu, na segunda virou o grande assunto da partida. O quinteto global concordou na análise e rasgou elogios ao substituto de Júlio César.

Para Cléber, "ele aparenta ser um cara tranquilo" e é um goleiro seguro: "Está firme ele, está indo bem no jogo". Aos 27min, Cássio evitou o gol de Figueroa. "Com seu 1,95 m, ele se agigantou na frente do Figueroa e ficou com a bola", afirmou. Já aos 39min, outra boa defesa. "Olha o tiro pro gol, Cás-sio! Faz uma grande defesa na batida do Mena."

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Casagrande também encheu a bola do novo titular. Perguntado por Cléber se o jogo aéreo do Emelec seria perigoso, ele fez uma crítica velada a Júlio César. "Agora preocupa um pouco menos. O goleiro sai bem do gol e é alto". O ex-atacante também chamou a atenção para outra característica. "Ele está mostrando que tem uma ótima reposição de bola também."

Logo aos 4min do segundo tempo, Achilier cebeceou, e Cássio espalmou. "Foi uma defesa muito difícil, com muitos jogadores na frente. Ele é alto, e a bola foi por baixo", disse Caio, que também destacou a segurança do novo titular. "Toda bola na área é dele. Ele é muito alto, sai bem do gol, e isso passa muita confiança e tranquilidade para o sistema defensivo."

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Concordando, parte 1
Os analistas concordaram: o Corinthians tem mais time que o Emelec, mas o mata-mata é perigoso. "Acabou o campeonato, começou a Copa. Acho que o time está preparado para disputar esse torneio até o final", disse Casagrande. "É um time que tecnicamente é inferior ao Corinthians, mas é guerreiro, acredita até o final", analisou Caio.

Sobre as mudanças na equipe, ambos acharam que as entradas de Cássio e William foram positivas. "Acho que os dois jogadores [Júlio César e Liedson] que poderiam sentir saíram do time", afirmou Casagrande. "Em relação às mudanças, gostei das duas. O Cássio é um bom goleiro e vinha tendo boas atuações, pelo menos é a informação que a gente tinha dos treinamentos, e o Liédson não vinha fazendo gols", completou Caio.

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Concordando, parte 2
O resultado não foi ruim, mas poderia ser melhor. O Corinthians não jogou mal, mas poderia ter feito mais. Foi assim que a Globo analisou o jogo. "O Corinthians consegue quebrar o ritmo do adversário, mas não dita o seu", disse Casagrande. "Com a bola, ninguém jogou bem. Sem a bola, na marcação, todo mundo foi bem. O Corinthians não sofreu a pressão que imaginava, não teve a guerra que acreditava ter. Acho que poderia ter um resultado melhor". Para Caio, "não perder é importantíssimo fora de casa, então, objetivo alcançado".

Na visão da Globo, o Corinthians poderia ter atacado mais, mas é melhor que o Emelec, e Cássio é mais seguro que Júlio César. Quem ganhar na próxima quarta, no Pacaembu, avança no torneio. "Se a gente achar que o Corinthians não tem chance de ganhar do Emelec em casa, alguma coisa está errada", encerrou Caio. Fica a expectativa.

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