Horário político com defesa a Orlando Silva interrompe jogo da seleção no Pan
Por volta dos 29 minutos do primeiro tempo da partida entre Brasil e Costa Rica no futebol feminino do Pan em Guadalajara, o narrador da Record, Éder Luís, anunciou: "Vamos dar agora uma pequena pausa para o horário político gratuito".
Faltava pouco para o intervalo do jogo, mas não teve jeito de esperar: "Infelizmente, a Record não obteve autorização para seguir com a transmissão do jogo. Voltamos em dez minutos", explicou Éder Luís.
O sinal da partida foi interrompido, e apareceu uma apresentadora falando em tom sério sobre as denúncias de corrupção contra o ministro do Esporte, Orlando Silva Jr, do PC do B.
"Em 90 anos, o PC do B nunca se envolveu em qualquer tipo de escândalo, porque nunca tolerou desvios de conduta. É por isso que não podemos admitir que nossa história seja manchada por supostas denúncias divulgadas pela imprensa. Elas não passam de mentiras e calúnias feitas por um cidadão processado pela Justiça", disse a apresentadora.
Pelo menos metade do horário do PC do B foi aproveitado para rebater as denúncias do policial João Dias, que acusou o ministro Orlando Silva de recebimento de propina.
O próprio ministro apareceu e disse: "Vou até as últimas consequências para defender a minha honra e os 90 anos de história de um partido que nunca se envolveu em escândalo. Farei o que for preciso para que a verdade fale mais alto".
Enquanto isso, em Guadalajara, ninguém conseguiu fazer gol no jogo entre Brasil e Costa Rica, para sorte do telespectador da Record, que perdeu pouca coisa durante o horário político.
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