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Edmundo descarta piadas e apoia Neto contra Milton Neves em mesa-redonda pastelão

UOL Esporte

01/06/2011 07h01

Por Ana Jardim

Na cada vez mais espalhafatosa mesa-redonda pós-rodada de domingo da TV Bandeirantes, o apresentador Milton Neves e o comentarista Neto fazem a festa dos espectadores mais sequiosos por conteúdo pastelão no "Terceiro Tempo", mesclando o entretenimento com as informações dos jogos que acabaram de terminar. Mas no meio do festival de provocações e piadinhas, a figura de Edmundo parece um tanto deslocada.

Aquele que até pouco tempo foi o polêmico Animal nos campos hoje em dia é um comentarista dos mais serenos, escalado sempre para o jogo transmitido para o Rio de Janeiro. Dos estádios, Edmundo faz intervenções na mesa-redonda comandada por Milton Neves e afirma que costuma ficar do lado do ex-jogador Neto nos embates quase teatrais com o apresentador. Apesar disso, o ídolo vascaíno diz não ter perfil cômico para entrar de igual para igual no "esquete".

"Só que eu não tenho uma veia humorística, eu não sei ser engraçado, eu tenho dificuldades até para contar uma piada. Na maioria das vezes eu estou a favor do Neto. Eu, o Neto e o doutor Osmar [de Oliveira, outro comentarista da atração] meio que ali contra o Milton (risos). Mas o Milton é fera de apresentador", diz Edmundo.

"Eles levam informação de uma maneira extrovertida e eu acho que eles têm um entrosamento muito grande, estão juntos ali há anos, e estou chegando agora, não tenho muita intimidade com eles, então eu não me meto muito", completa o ex-jogador de Vasco e Palmeiras.

Entre as brincadeiras mais tradicionais, Milton Neves provoca Neto dizendo que o ex-jogador nasceu em Erechim, no Rio Grande do Sul (na verdade nasceu em Santo Antônio de Posse, em SP). O antigo camisa 10 do Corinthians rebate, afirmando que o apresentador não vai aos estádios e é "cabeçudo" e pé-frio.

No último domingo, os dois protagonistas do "Terceiro Tempo" ainda trocaram provocações através de fotomontagens sobre ambos.

"Vão me xingar, eu vou apanhar"

Levemente deslocado no lado de humor do programa, Edmundo diz que tem sido bem tratado nos estádios do país, mesmo pelos rivais dos tempos de jogador, pensando em sua identificação tradicional com Vasco e Palmeiras. Mas o atacante conta que temeu pela sua integridade física no jogo de estreia na Band.

"Fui para a Bahia e acertei com o pessoal da Band por telefone. Nisso, meu pai teve um AVC e veio a falecer, e aí eu vim embora antes. E eu que só iria voltar no domingo, acabei voltando antes, cheguei na sexta-feira por causa do meu pai, enfim. Ao chegar no Rio, me deram o uniforme e falaram: 'Você vai trabalhar no jogo Flamengo e Madureira, no Maracanã!'. Pensei: 'Puta m…! Como vou chegar ao Maracanã, Flamengo e Madureira? Só torcida do Flamengo, estreia do campeonato. Vão me xingar, eu vou apanhar". Enfim, eu cheguei com o carro, parei no estacionamento, tinha que andar no meio da torcida, eu escondendo o rosto. A cabine da Bandeirantes lá no Maracanã é lá próxima da torcida do Flamengo, de vidro. Então a torcida estava ali e eu aqui trabalhando (sinalizando com as mãos a proximidade). Primeiro jogo. Foi o que me deu mais tranquilidade, porque se eu não apanhei neste dia lá, eu não apanho mais (risos)", relata.

Fotos: João Britto/UOL

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